Confesso
que depois de ter terminado de assistir “Logan” levei certo tempo que ali era
um filme de ficção científica, de super-herói da franquia X-Man, e não um filme
baseado em um romance Beatnik do século passado.
Digo
isso porque o filme parece tratar dos devaneios de dois velhos fracassados e
enfastiados do mundo a sua volta, que buscam em drogas fuga da realidade e
alheamento total a ela. E acho que é exatamente assim que são apresentados os
últimos mutantes dos X-Man, Wolverine e Xavier, seres que ignoram e fogem da
realidade, do mundo real... Até que o real cai em cima deles, os obrigam a sair
da lei do menos esforço e apatia, e os esmagam, e os eliminam da realidade, do
‘mundo real’.
De
maneira geral, o filme “Logan” conta a história do fim dos mais notáveis X-Man
e sua última batalha para salvar novos mutantes criados em laboratório com fins
maledicentes. Tipo, o filme parece ter o claro propósito de fechar um ciclo da
franquia e apontar para um novo começo.
Diante
de tanto o filme causa certa estranheza ao espectador. E além dos motivos já
citados, é impossível não notar a decrepitude do Wolverine e do Xavier, a dose
extra de violência que o filme apresenta
e a falta quase que total de compaixão, respeito pelo outro e ênfase quase que
total na insignificância do ser humano.
Não
caracterizaria o filme como ruim, e muito menos como bom. Posto que as
impressões que ele causa no espectador não diz que são nem boas nem ruins, mas
complexas, estranhas e diferentes de todas já causadas pelos demais filmes da
franquia. No entanto diria que é um filme intrigante e que talvez valha a pena
ser visto!
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