Paradoxalmente, e
não sei por que diabos este filme me fez lembra algumas coisas que gostaria de
esquecer e inevitavelmente, indiretamente e intencionalmente tem-se acompanhado a certa distancia... Talvez poucos
tenham noção exata ou mesmo imprecisa dos fenômenos que nos acontece no momento
presente, no entanto eles acontecem e não são de graça. O fato é – ninguém tira
algo de outro sem perder algo seu!!!
“O lugar onde tudo termina” é um filme
que entre muitas outras menções, alusões e analogias têm um pouco disso.
Inegavelmente é um filme surpreendente, inusitado e ao mesmo tempo com tudo pra
ser apenas mais uma historieta clichê, um roteirozinho padrão, mais um
filmezinho bonitinho de drama hollywoodiano.
No entanto ele apresenta algo meio que
espantoso que o faz assemelhar-se um pouco a vida, sei lá... Tipo aquelas
coisas que acontecem e deixa-nos sem entender direito o porquê, ou quando se
para pra pensar parece meio que uma reparação, uma expiação mística... Ou algo
do tipo!!!
Bom, o filme conta de inicio a história dum
motociclista, ex-delinqüente, aventureiro que descobre que tem um filho de um
ano, fruto de um relacionamento passageiro e após descoberta resolve se
estabelecer na cidade pra ficar perto do
filho. Com o intuito de dar uma vida melhor ao herdeiro ele torna-se assaltante
de banco e é morto por um policial em quanto agia. Tal policial, que de inicio
parece um paspalho, hipócrita, corrupto... Dar uma guinada em seu modo de agir e
torna-se um tipo de herói.
Tempos depois as histórias do bandido da
motocicleta e do mocinho policial se cruzam novamente em uma situação
completamente outra e de um modo mais trágico, esclarecedor e ‘reparatório’ - por
meio dos seus filhos, ambos problemáticos, transviados, complexados... O que
vem a ser a grande guinada, o fator mais surpreendente do filme e que me fez lembrar
fatos brutais que ocorrem por ai, em cidadezinhas quaisquer e pareceu querer
mostras que – não é por que você tira o pai de um filho que é garantia que o
seu filho tenha de fato um pai; ou o fato de você tirar o filho de um pai é
garantia que você tenha o seu, ou ainda a falta de alguém pode ser sentida com
esse alguém ainda bem próximo, já que o fato de dizer que tem, não é garantia
nenhuma da sua efetividade.
Talvez tudo isso seja meio surreal, mas
com disse: Talvez poucos tenham noção exata ou mesmo imprecisa dos fenômenos que
nos acontece no momento presente, no entanto eles acontecem e não são de graça.
O fato é – ninguém tira algo de outro sem perder algo seu!!!
‘Só pra por dizer, só pra falar de um
filme!!!’