segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

“O LUGAR ONDE TUDO TERMINA”



Paradoxalmente, e não sei por que diabos este filme me fez lembra algumas coisas que gostaria de esquecer e inevitavelmente, indiretamente e intencionalmente tem-se  acompanhado a certa distancia... Talvez poucos tenham noção exata ou mesmo imprecisa dos fenômenos que nos acontece no momento presente, no entanto eles acontecem e não são de graça. O fato é – ninguém tira algo de outro sem perder algo seu!!!
        “O lugar onde tudo termina” é um filme que entre muitas outras menções, alusões e analogias têm um pouco disso. Inegavelmente é um filme surpreendente, inusitado e ao mesmo tempo com tudo pra ser apenas mais uma historieta clichê, um roteirozinho padrão, mais um filmezinho bonitinho de drama hollywoodiano.
        No entanto ele apresenta algo meio que espantoso que o faz assemelhar-se um pouco a vida, sei lá... Tipo aquelas coisas que acontecem e deixa-nos sem entender direito o porquê, ou quando se para pra pensar parece meio que uma reparação, uma expiação mística... Ou algo do tipo!!!
        Bom, o filme conta de inicio a história dum motociclista, ex-delinqüente, aventureiro que descobre que tem um filho de um ano, fruto de um relacionamento passageiro e após descoberta resolve se estabelecer  na cidade pra ficar perto do filho. Com o intuito de dar uma vida melhor ao herdeiro ele torna-se assaltante de banco e é morto por um policial em quanto agia. Tal policial, que de inicio parece um paspalho, hipócrita, corrupto... Dar uma guinada em seu modo de agir e torna-se um tipo de herói.
        Tempos depois as histórias do bandido da motocicleta e do mocinho policial se cruzam novamente em uma situação completamente outra e de um modo mais trágico, esclarecedor e ‘reparatório’ - por meio dos seus filhos, ambos problemáticos, transviados, complexados... O que vem a ser a grande guinada, o fator mais surpreendente do filme e que me fez lembrar fatos brutais que ocorrem por ai, em cidadezinhas quaisquer e pareceu querer mostras que – não é por que você tira o pai de um filho que é garantia que o seu filho tenha de fato um pai; ou o fato de você tirar o filho de um pai é garantia que você tenha o seu, ou ainda a falta de alguém pode ser sentida com esse alguém ainda bem próximo, já que o fato de dizer que tem, não é garantia nenhuma da sua efetividade.
        Talvez tudo isso seja meio surreal, mas com disse: Talvez poucos tenham noção exata ou mesmo imprecisa dos fenômenos que nos acontece no momento presente, no entanto eles acontecem e não são de graça. O fato é – ninguém tira algo de outro sem perder algo seu!!!
        ‘Só pra por dizer, só pra falar de um filme!!!’