sábado, 28 de abril de 2018

A GAROTA DINAMARQUESA



“A garota dinamarquesa” é um filme enfatiza a história da primeira operação de mudança de sexo da história humana ou uma história de amor? Apesar de contar a história de pessoas que primeiro se submeteu a uma cirurgia inédita para a época, de mudança de sexo, o filme antes de tudo enfatiza a história de amor entre os seus envolvidos que acaba por ter sua culminância na operação de mudança de sexo de um deles.
O filme conta a história de amor de um casal de pintores dinamarqueses que em meio a busca da identidade artística de um dos parceiros revela o “gênero oculto” do outro. Enquanto a mulher pedia para o marido pousar para suas pinturas em trajes femininos, ele começa a se descobrir do gênero oposto e vê-se a olhos vistos aflorar a sua feminilidade.
Apesar da exposição poética e própria do trajeto da mudança de atitude, de hábitos, de figurino e postura da figura masculina do marido, que é encantador e envolvente ao longo do filme, nada me arrebatou mais que o amor em que é imbuído os dois. Amor que exala em cada gesto de carinho de um para com o outro, no modo de se trata, de se relacionar e cuidar sublimemente um do outro. Mesmo nos momentos mais difíceis e traumáticos entre ambos, o amor que sentiam um pelo outro era quase palpável na relação, desde o momento de aceitação e superação até o seu ato final.
Talvez este ponto de interpretação de “A garota dinamarquesa” seja só mais uma visão de alguém equivocado, que nem se quer tenha entendido o filme direito as intenções do diretor, o propósito do roteiro, a proposta do filme como um todo. O fato é que a muito um filme não me arrebatava tanto quanto este – desde a sua beleza poética em retratar assuntos tão complexos, a feminilidade que o filme exala e a demonstração quase palpável de uma relação de amorosa, de uma relação de amor que passa do amor ao sexo, ao amor a pessoa, ao ser ao outro.
E digam o que digam, é preciso muito amor para viver uma história como “A garota dinamarquesa”, de ambos os lados! E não é atoa que a melhor frase que resume é – “o que eu fiz para merecer tanto amor?” Oras, deu-se amor! Houve amor na aceitação, na recusa, no drama, no novo, no mesmo, ao outro... Em fim “A garota dinamarquesa” para mim é um filme sim que enfatiza uma bela história de amor. Aliás, uma completa história de amor cheia de excitação, de fantasia, de dramas, de recusas, de frustação, de prazer, de decepção, de glória, de respeito, compreensão, aceitação, encantamento, admiração... e muito amor.









           



           

sábado, 14 de abril de 2018

LA CASA DE PAPEL



Pelos céus! Alguém me explica onde se encontra, onde existe marxismo, anarquismo e anti-capitalismo que fundamenta a série “La casa de papel?! Juro que até agora não encontrei! Já assistir toda a série, já analisei, já questionei, já refletir... e ate agora  nada, não encontrei nada, nenhum embasamento de fato, que a série tenha qualquer base dessas, assim como ouvir por aí!
Porém isso não importa muito, o que realmente importa é que a série é de fato muito boa, surpreendente, e até certo ponto inusitada. Tipo, de uma temática tão banal em filmes de ação, fazer surgir algo tão surpreendente, inovador, empolgante... É realmente algo que no mínimo merece ser vista e quiça admirada.
“La casa de papel” conta a história de um assalto à casa da moeda espanhola, planejado milimetricamente por um filho de assaltante de banco que morreu em um assalto – o professor.
O professor, como é chamado pelos seus colegas de bando e bem como se identifica para a polícia, dedica toda a sua vida a organizar um plano perfeito para realizar o maior assalto a banco da história. Após tudo planejado, milimetricamente calculado, ele reúne uma equipe com os melhores profissionais que irá precisar para fazer o assalto, reúne-os em uma casa, os instruem e os convencem a seguir todas as etapas e regras para realizarem o maior assalto de todos os tempos.
Entre os diversos eventos que se pode prever que se ocorra em um assalto, todos eles são esperados, planejados e previstos pelo professor, exceto, o mais banal, o mias improvável e o mais inusitado dos eventos – o amor!
O amor entre os integrantes do bando, o amor entre assaltantes e assaltados, o amor entre o professor e a inspetora... O amor, justamente o amor que vem a se tornar o ponto fraco de todo o plano, esse único e mais improvável evento não foi calculado, e foi exatamente ele que quase leva tudo ao fracasso.
Durante os dias de assalto, trancados dentro de um banco com mais de vinte reféns e uma equipe de oito assaltantes – os mais distintos possíveis e que pouco se conhecem, com todos os tipos de emoções, e paixões a flor da pele, conflitos diversos surgem entre eles, e o desenrolar nem sempre são dos melhores. Porém, entre perdas e danos, o desfeche de tudo é concernente com toda a trama, e apesar de clichê, o melhor possível.
Logo, “La casa de papel” é obviamente um excelente programa de entretenimento, sublimação e projeção de algumas paixões humana, com uma boa dose de adrenalina, com algum conhecimento de ciência Florence, do previsível comportamento humano e sim de muita fantasia e ficção que nos são dadas como verdade.
Inegavelmente uma excelente série, mas sem nada de marxismo, sem nada de anarquismo e anti-capitalismo... Como disseram por aí Rsrsrss oh céus!!!  

sábado, 7 de abril de 2018

JOGOS PERIGOSOS


          

Ao fim e ao cabo, “Jogos Perigosos” é um filme meio que ao estilo ‘Scubdool’, pois no final descobre-se que os monstros que assusta as pessoas são os humanos, ou seja, todos os monstros são humanos e a vida é sempre bela e cor-de-rosa.
            Porém antes disso, muita coisa acontece ao longo do filme – terror psicológico, terror tipo B, DR de relacionamento falido, perversão sexual, relações incestuosas, cão que come defunto...
            O filme conta a história, os dramas, as frustações de uma mulher de meia idade que com o intuito de salvar seu casamento do fatídico fim, planeja uns dias a sós com o marido em uma casa isolada da ‘civilização’ e se submete a um jogo sexual perigoso, onde ela se permite ser algemada à cama, e fatalmente, logo no início deste inusitado jogo, o marido sofre um enfarte que o leva à morte, deixando a mulher algemada a cama sem as chaves das mesmas, e é aí  que de fato começa os jogos perigosos.
            Após inutilmente gritar e espernear por socorro, ela meio que entra em um estado de devaneio psicológico, demonstrando meio que uma confusão entre realidade e conflitos psicológicos recalcados no subconsciente da personagem que passa a demonstrar suas fraquezas, desânimos, fracassos, frustações; e também um lado forte, sensato e confiante. Cada faceta desta é representada por uma imagem de fraquezas e as frustações são representadas pelo marido que sempre a subestimou, limitou e a explorou, a faceta forte e confiante por uma versão melhorada da própria personagem.
            Ao longo do jogo psicológico que é travado pela protagonista, meio que submerge das profundezas da sua mente traumas de infância como o abuso sexual sofrido pelo próprio pai, bem como a relação abusiva que teve durante a vida inteira com o marido.
            Em meio aos traumas psicológicos da personagem principal, ainda existe a presença real de um cachorro que durante todo este tempo de conflitos internos e externos um cão come a carne do seu marido morto e tenta também comê-la, e um psicopata que todas as noites vêm observá-la e ela confunde com um monstro sobrenatural que veio busca-la.
            Depois de dois ou três dias algemada a cama, envolta em torturas físicas e psicológicas a mocinha num ato de desespero mutila a própria mão e consegue garantir a sua sobrevivência, liberdade física, financeira e psicológica.
            No entanto, o que de certo modo desmerece “Jogos Perigosos” que é um filme recheado de suspense, sustos e medos é o final clichê e sem noção que é apresentado, onde depois de todos os traumas vividos e revividos pela protagonista, depois de tantas experiências traumáticas... Num belo dia de sol, meio que por meio de um passe de mágica, de uma hora para outra, descobre-se que o monstro sobrenatural era só um humano, e tudo fica bem, encontra-se a felicidade plena, ingressa-se em uma vida cor-de-rosa, linda, perfeita, sem traumas e sem problemas. Levando o filme a um quebra de padrão e caindo nos clichês surreais e ridículos.