sábado, 25 de outubro de 2014

A minha dor




Não quero sua pena,
 Poupe-me dos seus olhares de falsa dor,
Não quero que sintas pena da minha dor,
Não fales da minha dor.

A minha dor é merecida,
A minha dor é amada,
A minha dor é válida,
A minha dor é dor de amor.

É dor de amor sublime,
Dor pelo amor que me gerou,
Que me criou e nunca me abandonou.

A minha dor é a dor da triste partida,
A dor da triste partida do meu sublime amor,
Do amor de Pai, do amor sublime que na vida me abençoou! 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Meu Guerreiro





Diante do inevitável, do inefável, do fatídico...
Tudo que o meu maldito ser faz é emudecer!
Não é um domingo sombrio, é uma terça sombria!
Mas que diferença faz?!
Todos os meus dias tem sido sombrio...
Desde que a sua guerra anunciou o seu fim,
Todos os meus dias foram fatídicos, dilacerantes e sombrios.

Meu ser está em sombras, à dor o consome!
A dor o consome como consumiu o meu inestimável guerreiro!
O meu guerreiro que hoje partiu...  Partiu de modo honrado, mas partiu!
Um guerreiro partiu, meu guerreiro partiu, meu guerreiro partiu...
Partiu e me deixou um pouco mais só no mundo,
Deixou o meu mundo mais pobre, mais vazio...
Meu guerreiro partiu!
Um guerreiro que sem usa das palavras,
Me disse, me mostrou, me ensinou o que é ser forte,
O que é ir de encontro a todas as adversidades da vida,
E superar uma a uma, e sempre seguir em frente...
E mais do que seguir enfrente, seguir em frente ávido, intrépido e sequioso de vida:
- Com um sorriso malicioso nos lábios,
- Um cigarro na boca,
- De peito aberto e um chapéu na fronte.

Meu guerreiro, meu incansável, indizível e inefável guerreiro!
Eu não posso lembrar-me de você sem os ares de você,
Do seu jeito de ser com ares de semideus,
Com o arfam de guerreiro que muitas guerras venceu,
Com a ternura de um guerreiro que mesmo nas arguras da guerra,
Nas guerras da vida a ternura nunca perdeu.

Meu guerreiro, guerreiro, guerreiro meu...
Em breve devolverei teu corpo a terra,
Mas o seu ser já mais sairá do meu!!!