quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Envelhecer não é tornar-se deus



E ela disse para aquele velho gordo, desprezível e asqueroso (em pensamento): - olhe senhor, nós não somos uma comunidade se cachorros onde os mais novos respeitam os velhos simplesmente pelo fato desses serem mais velhos.
 Isso por que nós sabemos que envelhecer é simplesmente tornar-se velho, caquético, debilitado e não tornar-se deus! E obviamente nossos velhos são sim também respeitados, honrados e admirados... Na medida em que sabem transformar suas experiências, vivencias informações e conhecimento em sabedoria, e não simplesmente transformam as suas experiências, vivências, informações e conhecimento em arrogância e prepotência achando assim que todos são tão ineptos, néscios e desprovido de bom senso quanto você que acha que o simples fato de envelhecer é tornar-se dono da verdade, da razão e tornar-se deus!
Céus! Ledo engano, envelhecer é simplesmente envelhecer. E sim de fato esse processo pode deixar você mais amado, mais admirado e mais honrado, dependendo do fato de como você lida com suas experiências; ou mais desprezíveis, odiado e enojado de acordo também como você lida com as mesmas, trata e se relaciona com os seus semelhantes, seja de qual idade for.
Logo, meu senhor, envelhecer não é definitivamente tornar-se deus!
Posto que, ser Deus é necessariamente ser onipotente, onisciente, onipresente. 
E definitivamente ser velho em hipótese alguma é ser onipotente (muito pelo contrário), onisciente e muito menos onipresente, ou seja, senhor, ser velho, tornar-se velho é simplesmente tornar-se uma pessoa com debilidades acentuadas, mas amadas, honradas, superestimadas, ou desprezíveis, asquerosas e enojadas como você está sendo neste momento e cometendo o grotesco erro de se achar, deus, dono da razão e da verdade.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Sempre temos uma opção




Como diria o velho Sartre – sempre temos uma escolha, sempre temos uma opção, sempre temos uma variação, uma variante!
Por exemplo, não tão raro temos movimentos sombrios, causticantes e depressivos que a vida nos apresenta, e diante deles, sempre temos no mínimo três escolhas, três variantes, três opções a fazer: uma delas é o suicídio, cortar os pulsos e acabar de uma vez por todas com tudo dando um corte profundo em cada pulso e deixar o sangue escorrer, e com ele tudo que lhes caustica, lhes dilacera e silenciosamente lhes faz tanto sofrer, e ao fim e ao cabo, quando o frio da morte começar a lhe envolver... Rezar para que Deus possa lhe perdoar e lhe abraçar!
Outra seria fugir, sumir, ir para bem longe, muito, muito, muito longe, onde a única coisa de conhecido e semelhante que soubessem de você fosse o simples fato de que você é também um maldito humano.
E outra ainda, é você ficar, permanecer onde está -  odiando tudo mais e mais a cada dia , suportando cada vez menos as pessoas que atormentam os seus dias, fazendo coisas que você detesta, tendo que conviver com coisas que te dilacera... e morre do lentamente um pouco mais todos os dias, sentindo uma dor existencial causticante que lhe oprime mias e mais, dia após dia.
Céus! Factualmente sempre existe uma escolha, se essa escolha satisfaz, se essa escolha nos é conveniente... Quem saberia?! Se é a mais sábia, a mais covarde, a mais corajosa... Quem saberia?! Quem julgaria?!
O fato é que tudo da escolha se seguiria?!

E você, quais destas escolhas você faria?! Ou qual das três você achou a mais conveniente para o seu dia ao acabar de ler esse texto?! És capaz de adivinhar a minha?!

Kkkkkkkk Céus! vai que neste exato momento esteja bem próximo a você?!