SERÁ QUE O CRIADOR DO “LANTERNA VERDE” LEU NIETZSCHE?!?

Entre as poucas, ou quase nenhuma opção que tenho de escolher filmes no local em que me encontro, praticamente, á única que me resta é assistir filmes infantil e infanto-juvenil com os sobrinhos, um dos últimos que vi foi o “Lanterna verde”.

       O filme é praticamente mais um filmezinho, de mais um dos inúmeros heróis que povoam a imaginação do público infantil, juvenil, infanto-juvenil e demais adeptos.

       Porém, o que de cara me chamou atenção no filme foram o perfil do mocinho, de alguns dos personagens e a fonte de poder do nosso herói, à vontade. O que me levou a pensar as seguintes coisas – será que o criador do “Lanterna verde” leu Nietzsche?!Seria o lanterna verde um exemplo do super-homem nietzschiano?!Ou a minha ânsia de ver coisas interessantes está me levando á ver coisas?!

       Não sei!Não sei! Não sei!!! Mas os aspectos que me levaram á levantar estas especulações foi coisas do tipo – o mocinho é um tanto quanto arredio a ética vigente; quase totalmente irresponsável pros padrões; quase que desapegado afetivamente de quase todos a sua volta; e principalmente, parece-me que o dogma do filme é não ter medo de ter medo, ou seja, a superação do medo, a superação das barreiras; e a fonte de poder é a vontade.

       Ora, superação das debilidades humanas para auto se superar, voar cada vez mais alto, desapego... Bom, pra mim são índices evidentes no filme que me levaram a tais e tais ‘achismos’, e pra completar, a força motivadora, a fonte de energia dos heróis do filme é à vontade.

       Ok! Chame-me de tosca, se quiserem, mas superação, vontade... São alguns dos aspectos e termos que me lembraram do velho louco que conhecemos pelo nome de Nietzsche.

       E de mais á mais, francamente, foi exatamente isso que me chamou a atenção no filme, o que realmente ache de interessante e me fez assisti-lo até o final sem tirar de dentro!!!

QUEM DEVE A MIM SÓ PAGA A MIM E EU VENDO!!!

Bom, sei que talvez não seja coisa que se diga que se comente como algo interessante num espaço teoricamente público, mas bem, que se fôda senhoras e senhores!!!

O fato é que no último final de semana comecei uma especialização em – Ética e Teoria do conhecimento na UFS!!! E uma vez de volta a ‘velha casa’, nada mais óbvio que encontrar velhos conhecidos!!!

Confesso que só não esperava que com os mesmos péssimos hábitos e com acentuações crônicas de gritantes deficiências que, digam-se de passagem, já me fizeram pagar por coisas que não devia!!!

Mas, como eu sempre digo quem deve a mim, só paga a mim e eu vendo!!! Exatamente neste meu retorno á ‘velha casa’ eu fui agraciada, e eu não só vi como gostei e fique muito feliz por me sentir circunstancialmente vingada e realizada (só espero que metade da turma não seja reprovada por ingenuamente ter exclamado, feito e dito o óbvio).

Salvo questões de satisfação de foro íntimo e pessoal à parte. Céus!!! Que me perdoe ou me condenem os sábios e intelectuais que freqüentam o curso, mas não posso negar que ouvir as ostentações superficiais e infundadas de pretensos conhecimentos filosóficos dos sábios de plantão da classe, que parecem ter uma necessidade mórbida de interromper a aula com comentários insignificantes e perguntas nada a ver, motivadas apenas por um maldito impulso, compulsão, necessidade, ou sei lá o que de ostentarem o conhecimento que tem e chamarem a atenção para si, com o intento de usurpar a atenção devida ao professor, como se dissessem: “olhem eu estou aqui, eu sei filosofia, eu tenho muito conhecimento a mostrar, eu estou aqui e sou um grande sábio, um grande intelectual”!!!

Pelos céus!!!Estou ansiosa pra que esta fase passe, bem, ao menos eu espero que passe, e que tais intelectuais percebam que talvez esta não seja a melhor forma de ostentarem o incrível conhecimento que eles têm e finalmente possamos ter aulas mais interessantes.