segunda-feira, 28 de maio de 2012

CACHOEIRA!


Prometi, jurei que não iria emitir parcas opiniões sobre assuntos de máxima veiculação midiática que todo mundo já está cansado de falar, fartos de ouvir e uma grande parte humilhados e lesados pelos atos inqualificáveis, como o da vez - Cachoeira e seus colegas.
No entanto, já que Cachoeira (diabos de nome ridículo) resolveu não falar... Então resolvi falar sobre uma sentença, expressão, argumento ou sei lá, que foi usado em determinado momento dessa vergonha nacional para fazerem a transferência de Cachoeira de uma prisão de segurança máxima, disseram que – “não erra necessário que o senhor Cachoeira permanecesse em uma prisão de segurança máxima, pois ele não oferece nenhum um perigo pra sociedade, não é um elemento de alta periculosidade!” – Céus! Como assim? Confesso que fiquei perplexa diante de tais sentenças, pois, se Cachoeira e seus colegas não pode ser considerado elementos de alta periculosidade, quem mais seria?Como podemos qualificar pessoas que age como se fosse um câncer maligno pra sociedade matando e mutilando em grande número quem mais precisa dos serviços públicos, avacalhando com os mais fracos e indefesos... Se esses não são elementos de alta periculosidade, quem mais seria?!
Creio que de fato não existam elementos de maior periculosidade que os nossos honrados meliantes do peculato que tira remédio de doentes, a segurança de pobres cidadãos, a oportunidade de vida digna de tantos outros, mata, destrói e humilha silenciosamente toda uma sociedade como se fosse um maldito câncer infectando e destruindo cada célula. E isso sim devem ser considerados elementos de alta periculosidade, apesar de chegarem discretos e silenciosos. Como Cachoeira chegou à sessão de não sei onde, discreto e silencioso - entrou mudo e saiu calado! 

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mata-me de prazer


Quando não se pode cometer o pecado excessivo da leitura, come-se o  pecado da cinefilia! Baseado num romance de mesmo nome de Nicci French, o filme “Mata-me de prazer” lembrou-me de imediato o livro que há algum tempo atrás vi na livraria e fiquei morrendo de vontade de ler, e por coincidência, cai-me nas mãos esse filme de nome bem sugestivo. E francamente, acho que in cru, é um filme que toda mulher gostaria de ver e que toda mulherzinha deveria ver.
O filme conta a história de uma paixão super cálida e avassaladora do ponto de vista de uma delicada mulher que se envolve loucamente em uma excitante aventura amorosa com um homem misterioso, intenso e ligeiramente perturbado.
No entanto o que talvez chame a atenção é como é retratado o desfraldar íntimo de uma mulher ao se lançar de corpo e alma em uma ardente paixão; como uma mulherzinha tão meiga, tão aparentemente pura e inocente pode se revelar uma mulher ardente e fatal nos braços de certo homem que também é capaz de vivenciar uma intensa história de amor sem cobranças, críticas, censuras ou comparações, apenas entregando-se de corpo e alma ao que se deve apenas ser sentido, sendo único, uno e perspicaz a um só tempo.
De modo geral diria que o filme apresenta um tipo de história que toda mulher gostaria de vivenciar em determinado momento e retrata um tipo de homem que a maioria das mulheres gostaria de ter – másculo, perspicaz, que fala pouco e age muito, e ligeiramente louco, desesperado e capaz de qualquer loucura pra está com ela.
Inegavelmente um bom filme nas noites quentes, frias... 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

TUDO QUE PODEMOS FAZER É MUDAR A SITUAÇÃO...


Dentre as poucas leituras que tenho feito nos últimos dias, uma que me chamou a atenção e me levou a refletir sobre certas coisas foi o “Tratado da Natureza humana” de David Hume’, especificamente a parte 2, livro 3, em que ele diz  - “Os homens não são capazes de curar radicalmente, em si mesmos ou nos outros (...)Tudo que podemos fazer  é mudar a situação...”
E exatamente estas sentenças quebradas e ate descontextualizadas me fizeram pensar – até onde as pessoas são o que são ou só refletem a situação em que estão inseridas? E é fato que mesmo algumas pessoas nem são, e tudo que existe nelas e que elas são é a situação em que se encontra.
Aí comecei a pensar em várias pessoas que conheci e constatar que factualmente – poucas pessoas são; a maioria simplesmente reflete a situação em que estão inseridas; e outra grande maioria nem se quer sabem o que são, onde estão e muito menos a situação em que estão inseridas ou que foram inseridas.
Então lembrando alguns exemplos bem particulares, lembrei que – tive um amigo na graduação que tínhamos pretensões semelhantes, do tipo ser filósofos, mesmo que á contramão. Hoje ele é músico, e aí não mais amizade com pretensa filósofa á contramão, ou seja, mudou a situação;
- Tive outro que podemos dizer que éramos a filosofia em ebulição. Hoje ele é mestrando, e aí não mais amizade com pretensa filósofa só com a graduação, ou seja, mudou a situação;
E só pra finalizar os exemplos, tive várias amigas e algumas delas riam de mim quando me encontravam em dias de florzinha. Hoje essas amigas encontraram companheiros ou companheiras e viraram desprezíveis dondoquinhas  completamente sub julgadas por estes(as), ou seja, mudou a situação.
Bom, na verdade até que entendo todas essas situações; ate que concordo com o ilustre David Hume quando ele diz que “Os homens não são capazes de curar radicalmente, em si mesmos ou nos outros (...). Tudo que podemos fazer é mudar a situação...” Mas infelizmente isso não satisfaz a indagação - até onde as pessoas são o que são ou só refletem a situação em que estão inseridas?
Bom, aí então eu continuo cá com tais indagações e com David Hume que pra melhorar ou confundir mais ainda essa questão, sabiamente ainda diz que – “nada aviva mais uma idéia que uma impressão presente e uma relação entre essa impressão e a idéia”.

domingo, 6 de maio de 2012

Wisk 21


Ai céus! Wisk de pobre é 21!
Ressaca de dona de casa vagabunda é varrer, lavar, limpar...
E fazer coisas de cem sendo apenas um,
Vivendo de esperança e a sonhar!
Ultimamente vivo só de esperança,
Pois só de expectativas a gente cansa,
Os sonhos passam os pesadelos...
Esses sempre nos alcançam, avançam nos espancam...
Não sou mais criança!
Embora ainda viva de esperança,
E a vida me espanca!
Os fatos me esmagam,
A realidade me espanta, E o q chamo de orgulho...
É apenas desespero de uma anta!


quarta-feira, 2 de maio de 2012

NOITE NA TAVERNA





Ano passado quando estive em Santos, em minhas muitas 
idas aos sebos, encontrei entre as muitas relíquias que trouxe de lá um livro de Álvares de Azevedo - "Noite na Taverna" e "Lira dos vinte anos" , obras que á muito morria de vontade de ler.
Porém, não sei por que diabos preferi na ocasião ler os 
poemas da "Lira dos vinte anos"(regados de muito absinto, diga-se de passagem) e não "Noite na taverna", livro que quisera ler desde o Ensino Médio.
Pois bem, o fato é que nos últimos dias dei-me o prazer de ler o maldito livro, e pelos céus! Que livro!!! Até o momento estou basbaque como um opúsculo, coisa de vinte páginas, que poderia ser lido em menos de uma hora - se não fosse a tremenda sede de vinho que o livro desperta, a necessidade incontida de contemplar o luar e de sentir a briza fresca na cara que ele desperta - pudesse causar tanto impacto, céus!O livro é soberbo, a leitura dele lembra uma intensa sensação orgástica - fugaz, intenso, extremado... E mesmo depois de acabado, continua-se sentindo os efeitos inefáveis do ato, céus!Céus! Céus!!! Simplesmente o livro é soberbo!
Obviamente que "Noite na taverna" não é um livro de
encantos puritanos, ou de agrado geral, muito pelo contrário, versa sobre coisa bem insólitas e incomum, por assim dizer, trata-se de breves contos de mancebos ultra-românticos, sádicos e embriagados que contam em torno de uma mesa em uma taverna as peripécias mais incríveis de crimes, morte, violência, perversão sexual e paixão. tudo isso numa atmosfera ébria e delirante, com personagens pessimistas, descrentes de valores sociais, morais,religiosos, recheados de amor sensual e intenso gozo físico que são as válvulas propulsora e de escape dos personagens que culminam sempre em morte ou loucura, ou ambos.
Em sinopse, o livro é fantástico, prende o leitor do inicio ao fim, estória após estória, e ao fim e ao cabo de cada conte deixa o leitor com uma intensa sede de vinho.


        Há e agora pensando friamente sobre o livro, acho que sei o por quê não li o livro na ocasião em que comprei, pois, se juntassem todas as idéias e estórias o livro ao meu estado de espírito da época, ao absinto, aos muitos vinhos que me fizeram companhia e o local em que me encontrava... Céus!!! Confesso que era bem provável de hoje ter também estórias semelhantes como estas á 
contar.