quarta-feira, 19 de março de 2014

Não sei... Perdão... Não contradição...




Perdão se o meu estranho mundo não é compatível com o seu;
Perdão se os meus sonhos foram destruídos pelos não seus;
Perdão se o seu egoísmo dilacerou meu coração;
Perdão por não ser a sua devastação...

Não sei fingir o que não sou;
Não sei está no meio termo;
Não sei lidar com os meios;
Não sei fugir sem lutar...

Eu sou o que sou...
Estou completa onde estou;
Sou paradoxo, não contradição;
Sou um estranho misto de razão e emoção!

sexta-feira, 14 de março de 2014

NINFOMANÍACA – VOLUME II



Céus! A profusão de detalhes, de referencias, de alusões... são tantas que nem sei por onde começar a falar das estupendas impressões que o segundo volume de “Ninfomaníaca” me causou – os choques visuais, as palavras bem colocadas, as analogias sardônicas e perfeitas, a quebra de padrões ou fria e direta colocação de fatos e clichês de outro modo por assim dizer, como certa quebra de preconceito e legitimação dos mesmos, como algo completamente nietzschiano por excelência, ou coisa do tipo – sei lá!
Bom, em meio a tantas coisas que me chamaram a atenção no filme de Lars Von Trier, creio que a mais notória foi o que me pareceu à presença da filosofia nietzschiana no roteiro, que de modo geral apresenta a história de uma mulher com uma postura completamente distinta da moral vigente, e que assume perante a sociedade seus atos, seus traumas, suas tragédias... Sem procurar um culpado ou responsável pelos fatos além dela mesma, e assume tanto o prazer quanto a dor como faces da mesma moeda.
Após contar a sua história a um distinto senhor, que a escuta atentamente sem julgamentos e lhe apresenta uma análise imparcial dos fatos... A protagonista parece chegar à consciência de que todos os preconceitos e traumas do qual sofrera não passava de frutos de uma moral machista, preconceituosa e punitiva principalmente pras mulheres.
Ao mesmo tempo em que também é possível observar no filme aspectos que aduzem e parecem legitimar a presença do principio do eterno retorno do mesmo presente na obra do louco filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
Obviamente, como toda a obra de Lars Von Trier e com essa não poderia ser diferente, os críticos de todos os tipos (cinema, arte... Sei lá!) que se acha no direito de a todo custo detrata uns e agraciar outros taxam o filme como uma obra deplorável pra o cinema conceito – como dizem.
Porém, eu como não sou crítica de porra nenhuma e nem nada – achei o filme soberbo, excelente, um dos melhores filmes de 2014 e muito difícil de ser superado até o final do ano por outro melhor. E de mais á mais, acho que Lars Von Trier deixou completamente esclarecido e de modo bem grande o que ele pensa a respeito das críticas preconceituosas a respeito dele e de sua obra.
E assim, só ratificando minha reles opinião – “Ninfomaníaca”, volume II é tão perfeito, tão soberbo quanto o primeiro.

sábado, 8 de março de 2014

08 DE MARÇO DIA INTERNACIONAL DA MULHER




Inegavelmente esta é uma das datas comemorativas que mais me levam a reflexão, a certa frustração e inevitavelmente a um determinado pesar. Não só pelo lamentável fato de pra termos este dia mulher tiveram de ser carbonizadas, incendiadas, retiradas dos seus direitos mais básicos... Mas também por saber que durante toda a história da humanidade mulheres lutaram de diferentes formas e meios pra que deixássemos de sermos tratadas como animais de exploração preferidos da sociedade e isso nem sempre é lembrado, celebrado ou valorizado se quer no dia de hoje.
E especialmente no dia que deveríamos refletir sobre tudo isso, celebrar as lutas e conquistas das nossas semelhantes, simplesmente somos obrigadas a ouvir coisas sem sentido e com ímpeto de tirar-nos o merecimento de temos uma data que conquistamos com sangue pra celebramos as nossas muitas lutas para nos tornarmos - ser, gente, humanas perante a sociedade que durante muito tempo nos tratou e ainda nos trata com as maneiras e modos mais vis possível.
Somos obrigadas a ouvi frases machistas e hipócritas de que todos os dias é dia da mulher, que todos os dias a mulher merece respeito e não é necessário apenas um dia pra se dizer e se lembrar disso. Ora senhores quem disse que esse dia foi marcado pra isso, e se não se consegue esboça por seus semelhantes princípios básicos de humanidade, não será em um único dia que queremos força-lhes a isso, este dia que faço questão de repetir é especialmente o dia que deveríamos refletir e celebrar as lutas e conquistas das nossas semelhantes, pra refletirmos sobre as nossas lutas atuais, para melhor nos organizarmos pra lutar os muitos combates que ainda temos que vencer contar os muitos absurdos que ainda temos que enfrentar e pra não desmerecermos as nossas conquistas passadas.
É frustrante a demostração de preconceitos e retaliação no nosso próprio dia, bem como é pesaroso perceber que muitas de nós por ignorância da sua própria luta de ser mulher compactuam com esse ciclo vicioso do desmerecimento da mulher, não só repetindo sentenças machistas e grotescas como reproduzindo e exaltando padrões e posturas que desmerece a própria mulher e o seu real jeito de ser.
No entanto, frustração e pesar a parte deixo aqui as minha reles reflexões acerca deste dia de suma importância pra história de todas as mulheres; a minha admiração; o meu respeito e orgulho que tenho por todas as mulheres que já lutara pelo direito de ser mulher, e as que ainda lutam pelo direito de ser mulher.