Talvez já esteja
de saco cheio de tanto dizer coisas sem saber pra quem e nem pra que, talvez não
exista ninguém, ou nem uma razão pra tanto sofres, pra tanto querer.
Talvez
não haja mesmo ninguém relevante, nem mim, nem você... Talvez tudo que haja
seja o superficial, o material, o aparente que qualquer um pode ver, perceber, e
quem tiver poder aquisitivo pode ter, ter o melhor, o pior, tudo que quiser ou
desejar ter...
Mas
entre as tantas coisas vulgares e banais, vi uma que lembrou você, que me deu
uma imensa vontade de comentar com você! Mesmo sabendo que você não iria nem
ligar, que não iria nem fingir interessado está... Pois eu pra você sempre foi
como um nada, só mais uma coisa irrelevante, insignificante que você sabe que existo...
Mas e daí, existe tantos outros pro aí!
Acho que algo meio que como o suicídio,
ou talvez quem sabe, o último pensamento tolo de um suicida – será que farei falta?
Quem sentirá a minha falta? Que falta irei fazer?... Ou seja, coisa irrelevante!
Quando o seu ato será só mais um ato sob a terra que temos que viver, sob o sol
que temos que aprender, sob a noite que usamos pra nos esconder... Quando na
verdade o suicido em si é algo insignificante – o espanto passa, o torpor passa
as lágrimas passam e você será tão esquecido quanto se acostumou a viver.
Nos últimos dias li e ouvir a canção
suicida do compositor húngaro Rezso Seress “Gloomy Sunday” ou “domingo sombrio”
na voz de Billie Holliday e felizmente fui sensata, e em momento algum pensei
nas tolices comuns dos suicidas do tipo – que falta faço eu?!... Pois sei com
veracidade, nada de falta faço, sei que o mundo seria tal e qual, pensei talvez
– que coisas falto eu conhecer, saber, fazer... Embora, não encontrando uma
resposta exata deixei-me um pouco mis a sobreviver.