sábado, 2 de fevereiro de 2019

O HOMEM QUE VIU O INFINITO



“O homem que viu o infinito” conta a trajetória de um dos maiores matemáticos e autodidata da Índia e suas experiências com outros grandes matemáticos e filósofos de Cambridge e consequentemente com os grandes gênios da matemática mundial.
         O filme apresenta de início as angústias e as dificuldades de pessoas que gostam de coisas distintas da maioria, e encontram ao longo da vida preconceitos, discriminações, rejeições e toda sorte de despautérios do vulgo, inclusive do círculo de pessoas mais próximas. E tudo isso é ainda pior quando a condição financeira é das piores e se é responsável financeiramente por uma mãe e uma mulher, como é o caso de Ramanujan o maior matemático da Índia.
         No entanto, essas foram apenas algumas das dificuldades enfrentadas por o gênio indiano da matemática, que depois de muito penar e sofrer inúmeras rejeições dos seus concidadãos consegue atenção de um dos maiores e mais renomados matemáticos de Cambridge, Prof. Hardy, que decide leva-lo a Inglaterra para ajuda-lo a desenvolver suas teorias e descobertas matemáticas, formaliza-las e revolucionar alguns padrões da matemática.
         Uma vez em Cambridge o gênio indiano além de ter que lidar com a saudade da mulher que ficara na Índia e todas as diferenças culturais, ele ainda tem que aprender a lindar e superar todas as formas de preconceitos e invejas típicas do ‘mundo acadêmico’.
Em face de tanto, superação, perseverança e persistência, parecem ser as palavras que melhor define esse gênio indiano da matemática que teve uma vida cheia de dificuldades, sofrimentos e injustiças, mas que superou tudo preservou e persistiu até publicar suas descobertas matemáticas e levar a cabo o que ele tinha como sua missão - conseguir passar a diante os conhecimentos que lhe eram revelados pelo que ele chamava de deusa – e contribuir de maneira relevante para a matemática.
Felizmente toda a sua luta foi simbolicamente compensada e seu propósito realizado, em sua breve vida de trinta e dois anos ao ser aceito na real sociedade de Cambridge onde se encontrava os homens mais respeitados da matemática no mundo, e em fim suas terias e descobertas matemáticas serem aceitas, difundidas e publicadas para o mundo.
Certamente, “O homem que viu o infinito” é uma intrigante história de superação, perseverança e persistência de um gênio que decide a todo custo levar a cabo o que considerava ser a sua missão. 

sábado, 19 de janeiro de 2019

A JOVEM RAIHA


      

  “A jovem rainha” conta um outro lado da história da rainha Cristina, Monarca da Suécia do século XVII, dando destaque relevante à educação que a alteza recebeu do chanceler da sua corte após a morte de seu pai, que para os padrões da época era uma educação destinada a meninos; a o amor proibido da rainha com a sua dama de companhia; a relação perturbadora da mesma com sua mãe; a curiosidade filosófica e fascínio da jovem rainha pelas ideias do filósofo René Descartes, o que obviamente mais me chamou a atenção e me surpreendeu muito, inclusive certas informações e curiosidades apresentas sobres eles, inclusive sobre a morte deste grande filósofo do século XVII.
         Muito embora o filme direcione maior atenção para o amor proibido e lésbico da rainha Cristina com a sua dama de companhia, não deixa de dar certa relevância ao interesse da monarca pelo conhecimento, especificamente pelo conhecimento filosófico, e em especial pelas ideias do filósofo René Descartes. E aborda de maneira própria a relação que existia entre ambos, e de um ponto de vista diferente do que alguns livros apontam e muito distinto de alguns comentários maldosos que alguns filósofos tecem sobre, o que leva a entender esta relação como uma bajulação do filósofo para com a monarca, por necessidade de proteção por parte deste e por parte da monarca como uma excentricidade, talvez para pousar de sábia diante do cenário da época.
No entanto, o que é apresentado no filme é algo completamente distinto, mostra uma relação de quase discipulado entre ambos, não como relação de interesses políticos como era vista por alguns, ou de bajulação como era apontada por outros, mas como de interesse em adquirir conhecimento sobre o ser humano por parte da rainha, e de discutir abertamente suas ideias filosóficas por parte do filósofo.
         E é interessante perceber o quanto as ideias de Descartes fascinam e determinam o modo de agir e de pensar da rainha, e o quanto há de respeito entre ambos e interesse filosófico em entender e conhecer as paixões da alma, as paixões humanas.
         Outro fato curioso em relação ao filósofo é as circunstancias da sua morte, que a história oficial conta que foi causada por uma pneumonia, enquanto o filme afirma que foi por envenenamento por arsênio, feito por um padre do clero francês, motivado por questões políticas e religiosas (coisa muito comum na época), e no próprio filme há o aconselhamento do próprio padre para o atestado de óbito do filósofo ser dado causa morte pneumonia.
         Certamente, é um filme interessante, curioso e bem relevante quanto a aspectos históricos, filosóficos... Em fim e de modo geral, interessante como um todo. 

#netflix

sábado, 12 de janeiro de 2019

QUEM É VOCÊ, ALASCA?



O livro apresenta o âmbito de relações entre adolescentes do ensino médio de um colégio interno do Alabama dos E.U.A., especificamente de um grupo de adolescente composto por três meninos e uma menina que passa por uma crise existencial, de busca de respostas para o sofrimento, e de como a morte pode determinar ou influenciar no sentido da vida, passando por comportamento autodestrutivo e suicida.
Em meio às confusões e peripécias adolescentes, a obra mesmo que de maneira superficial passa a mensagem um tanto quanto óbvia, mas em determinadas circunstancias necessária ser lembrada que – “tudo que se forma se desfaz”, que tudo passa tudo se esvai – traumas, dores, crises, sofrimentos... Tudo se desfaz tudo passa, e apesar de ser um tanto óbvio, se faz necessário dizer isso para alguns e lembrarmos constantemente para outros.
No entanto, o que mais e agradou no livro, foi principalmente a empatia ou sublimação causa em mim em certo ponto da história, por de certo modo ter sido contemporânea de uma história parecida com um garoto da minha escola, que praticamente ninguém conhecia seus dramas, seus traumas... E ele também cometeu suicídio, só que intencional, e tragicamente ele também se tornou um enigma para o colégio e particularmente para mim.
Porém, o que mais gostei no livro foi o modo como à escola tratou a questão – mostrando uma forma humanizada de lindar com questões tão delicadas como morte, suicídio... Nem santificando, nem demonizando, nem julgando a pessoa que comete ou passa por tal fato, mas também não tratando de forma banal, com se o aluno fosse apenas mais um, como se um fato como esse fosse natural, normal ou corriqueiro e como se as pessoas, os alunos que diretos ou indiretamente contemporâneos a tanto não necessitassem de mecanismos, meios, ou possibilidades saudáveis para superar o luto, lidar com o trauma.
O fato é que eu acho que eu gostaria muito que a minha escola tivesse tratado o caso de suicídio intencional que ocorreu com o aluno como a escola de Alasca tratou da morte da mesma, como deu aparato para os alunos lidarem com a situação. Francamente, acho que era ‘exatamente’ deste modo que a minha escola deveria ter tratado a situação, era assim que eu gostaria que tivesse sido tratado.
Então, foi exatamente isso que me agradou no livro, e enquanto lia imaginava a minha escola com aquela mesma postura diante do suicídio do seu aluno. E foi isso que me fez gostar do livro, que me agradou no livro!

#quemévocê,Alasca?
#JohnGreen