sábado, 29 de setembro de 2012

PHILIA



Descobrir uma coisa que á muito esquecia – Philia!
Philia com PH, no sentido mais genuíno, visceral e abissal do termo,
Philia, philia... Entre mim e ti e de ti pra mim.

E sei que você também sabe de philia, e vive a philia
E como um dos poucos sabe tocar as notas mais raras da philia,
Despertando em minha alma harmonia e potencialidades raras,
Impensadas em qualquer um dos meus dias.

Philia! E se em algum dia sóbrio, frio e vazio...
Se algum dia, por qualquer motivo ou lapso de não sei lá o que,
Se algum dia pensares em dar um fim violento a vida,
De modo consciente ou não – não faz isso não, não faz assim.
Entrega-se pra mim, entrega-se pra mim e não temas.
Não temas pois: - Cuidarei de ti por mim e por ti!
Cuidar-te-ei e amar-te-ei exatamente assim com és,
Olhar-te-ei como se fosse uma parte de mim,
Parte essa que se me faltar penosamente também morrerei.
Morrerei apenas por saber que ser tão sublime com você deixará de ser,
Não respira mais o mesmo ar que insistirá em invadir meu pobre ser.

Viver sem a sua philia seria...
Seria viver sem esperança, sem desejo...
Sem a ânsia de nos encontramos de tempos em tempos,
De falarmos, de nos sintonizarmos e inefávelmente...
Sentir a harmonia perfeita de um ser e outro pobre ser.

Não sabes o quanto essa philia me faz bem,
Não sabes o quanto me sinto bem em saber que respiramos o mesmo ar,
E o quanto me alegra a expectativa de podermos nos encontrar,
De podermos conversar e poder ser só eu e você.
E você ser só você, sem censura, sem mascaras...
Sem nenhuma expectativa além de visceralmente:
- Eu ser eu e você ser você!
E a palavra philia assumir todo o sentir de ser!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

“A CARNE”


Poderia dizer que a leitura de “A carne” foi meio que uma frustação, mas certamente estaria mentindo, pois o que realmente houve foi à superação de toda e qualquer expectativa, julgo ou indicação que algum dia tivera de tal livro.

 Por incrível que pareça só tive conhecimento da existência de “A carne” na academia, por meio de uma colega que me julgava interessada por demais em leituras sensuais, pornográficas e qualquer coisa do gênero (de fato, enquanto os sapientíssimos colegas de classe vivam na biblioteca em busca de bibliografia estritamente técnica, eu viva lendo “Poesia erótica”, Marques de Sade...). Na ocasião não dei relevância alguma a indicação da colega, e muito menos ao seu julgo literário, do que com certeza não me arrependo, pois hoje mais do que nunca percebo o quanto ela tinha uma concepção limitada e preconceituosa da literatura, especificamente do livro “A carne” de Júlio Ribeiro. Não que este livro não seja uma obra com laivos perfeitos de sensualidade, mas com já disse pela forma preconceituosa e limitada que ela me passou da mesma.

Obviamente “A carne” é uma leitura excepcional que vai muito além dos chulos comentários e expectativas que outrem me passara. É uma obra soberba, perfeita, completa e acabada no que mais me chamou a atenção – captar como poucos romances a alma feminina, com suas inquietudes, expectativas e sensibilidade ao olhar o mundo á sua volta; bem como todo o realismo dos personagens e situações evocadas pelo autor, principalmente a incompletude e a insaciabilidade humana de viver; o desejo sôfrego e angustiante de vida que se evidencia e brota desde as mais complexas as mais simples formas de vida á derramar-se de modo sutil e pulsante por toda a natureza, seja ela humana ou de qualquer espécie.

 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

“MELANCOLIA”




     

      “Melancolia”, este é o nome de um dos muitos filmes que assisti ultimamente, e dentre todos estes foi o que mais me impactou.
            Dito de modo sucinto, o filme de Lars Von Trie é uma materialização perfeita do que de fato deve-se entender por melancolia (deixando á margem o contexto de ficção científica), deixando bem claro que melancolia não é algo causado por falta de dinheiro ou excesso dele, como algumas pessoas pensam (inclusive alguns amigos meus) e não se deve á um fator externo ao ser... Mas a algo íntimo e quiçá inefável á qualquer outro, devendo-se antes á um terrível sentimento de frustração de dar-se tanto, de dedicar-se tanto á determinadas coisa e certas pessoas e aos poucos perceber que nada disso tem á menor relevância ao que tanto se dedicara que seus cuidados, seus encantos e esforços não tiveram nenhuma importância, não fizerem o menor sentido. E diante de tanto chegando a esquecer de que a dedicação as coisa que consideramos relevantes, o dar-se tanto a outros seres e coisas deve ter importância e sentido único é exclusivo a si mesmo e nunca ao outro e que a única recompensa de nossas dedicações, esforços e entregas é a satisfação íntima e pessoal que teremos com tanto (a filosofia estóica ajuda a entender isso).
            Então quando se esquece disso ou mesmo não sabemos disso, nos vemos muito bem representado pela mocinha do filme “Melancolia” Justine – completamente estranha ao mundo á nossa volta; sentido um aborrecimento horrível às pessoas á nossa volta e que mais e mais se estende á tudo que nos cerca, e nos vemos á todo custo a esconder-se e fugir do mundo, seja atrás das paredes frias do quarto, ou de grossas cobertas que recobrem camas que mais parecem de espinho e até mesmo por traz de suores e fluidos do próprio corpo que já não se quer mais lavar com medo que fiquemos mais vulnerável e desprotegida do terrível mundo que monstruosamente nos esmaga. Bem como não se sente falta de comer, pois se sabe que tudo terá gosto de cinzas, das cinzas que á muito já turbaram os olhos e deixaram á vida sem cor, sem sentido como a música mais triste que o tempo todo toca bem alto no ouvido.
            E fatalmente quando não há uma superação disto, ou melhor, do que caracterizamos como melancolia, passa-se o desespero dos primeiros arrufos melancólicos e chega acomodar-se com tudo isso... Acalentando-se com o desejo íntimo é masoquista que o quanto antes o mundo acabe que tudo exploda, não sobrando nada, pois tudo é tão mal, tudo é tão sem sentido e nos sentimos tão só no universo que tudo que queremos é que tudo exploda que tudo se acabe... Assim como no filme do Lars Von Trier!
            Obviamente que existem outras coisas a serem percebidas e ditas sobre o excelente filme “Melancolia” de Lars Von Trier – que o roteiro é maravilhoso; a direção é perfeita; o elenco é sublime; a Kirsten Dunste se supera... Em fim, tudo isso e vários outros aspectos que o mundo inteiro já disse e eu concordo.
 E que talvez o que foi dito aqui sobre “Melancolia” seja só mais uma impressão particular e equivocada de alguém que se encantou muito com o filme e que achou que além do filme retratar fielmente a melancolia e dar formas exatas a mesma, também extrai algo muito raro no espectador – a reflexão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SEXO?!







Já que hoje é o dia dele, por que não pensarmos um pouquinho sobre 'SEXO'...



Afinal o que é... Sexo?


  • Para o médico o sexo é
... uma doença porque sempre termina na cama.


  • Para o advogado o sexo é... uma injustiça porque sempre há quem fica por baixo.


    • Para o engenheiro o sexo é... uma máquina perfeita porque é a única em que se trabalha deitado.




    • Para o arquitecto o sexo é... um erro de projecto porque a área de lazer fica muito próxima da área de saneamento.



    • Para o político o sexo é... um acto de democracia perfeito porque todos gozam independentemente da posição.




    • Para o economista o sexo é... um desajuste porque entra mais do que sai. Às vezes nem sabe o que é activo ou passivo.



    • Para o contabilista o sexo é... um exercício perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço, tira-se o bruto e fica o líquido. Podendo, na maioria dos casos, ainda gerar dividendos.




    • Para o matemático o sexo é... uma perfeita equação porque a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro à sua máxima potência, e extrai-lhe o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão.



    • Para o psicólogo o sexo é...explicar é foda!

    • Para o FILÓSOFO o sexo é... um eterno porenai.