sábado, 27 de abril de 2013

EMOLDURADAS...





 

O QUE HÁ DE MAIS SUBLIME NA SABEDORIA HUMANA,
É A LEVEZA DE VIVENCIAR O MOMENTO COMO SE FOSSE O ÚLTIMO,
O ÚLTIMO PASSO, O ÚLTIMO ÁTIMO DE SUA EXISTÊNCIA HUMANA,
QUE MESMO QUE NÃO SEJA UMA VIDA DE EXISTIR, DE VIVER...
Mas apenas de está no mundo/sobreviver,
Possa-se ver vez ou outra, átimos sublimes de ser,
Coisas que emolduradas possam ser,
Emolduradas seja por força ou por glória,
Emolduradas seja na memória do ser,
Do Ser que é você, que foi ou que venha a  ser!

sábado, 20 de abril de 2013

CÉU/INSULTO




Te Coloco no céus de minha boca, 
Te levo Ao inferno com os meus insultos,
Te belisco, te mordo, te chupo...
ao tempo que te amo, te odeio e te cuspo.

Te afasto com meus escarnecidos discursos,
Te chamo com o meu cálido desejo,
Te lanço num mar de gozo com um beijo,
Ao tempo que te prendo pra saciar meus desejos.

E por um infinito tempo...
Te prendo num mar de delírios e tormento,
Entre gritos e sussurros, prazer e desalento.

E morrendo de gozo sem querer morrer,
Gozando após o inferno do insulto sobreviver,
E ir novamente ao céu que só levo você.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Outra vez...




Céus... Maldita seja eu,
Idiota como eu só eu,
Babaca, que no fundo de tudo...
Todos já sabiam somente não eu...
Somente eu não entendeu!
Não entendeu eu... que...
Memórias minhas...
Só devo contar pra mim;
Méritos meu é festim;
Fracasso meu é alegria dos não eus,
É o fim... Outra vez vejo eu!!!
Tão pequena quanto um pigmeu,
Tão só quanto alguém que a muito já morreu...
Outra vez vejo eu!!!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

CASAMENTO GAY x INFLAÇÃO... QUERELA INFAME ENTRE...




“Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espanta-me bem menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem estabelecer comparações.”
 Céus! Parece que Montaigne escreveu estas sentenças nos últimos dias, depois de uma fração de tempo desperdiçado em frente à tv, ou enquanto consultava as notícias da semana e se deu conta que espantosamente o que mais preocupava a sociedade fútil e imediatista em que vivemos é picuinhas de pessoas tão irrelevantes quanto suas preocupações e ansiedades com as relações sexuais e afetivas alheias, com o disse me disse desgraçado e sem graça que parece está instalado entre homossexuais e heteros, como se a coisa mais importante que temos pra discutir e nos preocupar fosse com quem as pessoas vão dividir seus bens ou sua cama, seus órgãos, se casam, se não casam... Oras até pouco tempo atrás pelo que me lembre o casamento era visto como uma instituição falida! Hoje basicamente uma parte da sociedade brasileira vive de querela em torno disso, perde-se tempo em espaços públicos, dinheiro público discutindo picuinhas de entes mal resolvidos que se diz representar a voz de minorias marginalizadas, quanto de fato parece representar inverter e insuflar apenas preconceitos de categorias que deveria se impor por si mesmo, pois são dignos pelo que são sem precisar provar ou arrogar-se do espaço público que estão tendo pra inverter os preconceitos que a muito vem sofrendo, num querelazinha improfícua, infame e de desrespeito ao povo que simploriamente financia esse pardieiro que chamamos de governo, que chamamos de mídia e mais sei lá o que... Deixando assim sem olhar o aumento do quilo de tomate que não para de aumentar, o irrisório salário que nunca dá... E com sempre beneficiando e dando cada ver mais voz a minorias – a minoria rica e bem sucedida classe dos banqueiros e toda casta dos ricos brasileiros que fica cada vez mais enrica com a descarada escalada da inflação, com o aumento abusivo dos impostos e como os malditos fingimentos com a situação econômica e social do país.
          Francamente, acho que muita gente deveria de fato refletir um pouco sobre as sentenças supracitadas de Montaigne como um bom começo, e quem sabe continuar refletindo com ele nesta outra – “aspiro particularmente a que julguem cada qual como é, sem estabelecer paralelos com modelos tirados do comum.”