sexta-feira, 5 de abril de 2013

CASAMENTO GAY x INFLAÇÃO... QUERELA INFAME ENTRE...




“Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de bom grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que está em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espanta-me bem menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem estabelecer comparações.”
 Céus! Parece que Montaigne escreveu estas sentenças nos últimos dias, depois de uma fração de tempo desperdiçado em frente à tv, ou enquanto consultava as notícias da semana e se deu conta que espantosamente o que mais preocupava a sociedade fútil e imediatista em que vivemos é picuinhas de pessoas tão irrelevantes quanto suas preocupações e ansiedades com as relações sexuais e afetivas alheias, com o disse me disse desgraçado e sem graça que parece está instalado entre homossexuais e heteros, como se a coisa mais importante que temos pra discutir e nos preocupar fosse com quem as pessoas vão dividir seus bens ou sua cama, seus órgãos, se casam, se não casam... Oras até pouco tempo atrás pelo que me lembre o casamento era visto como uma instituição falida! Hoje basicamente uma parte da sociedade brasileira vive de querela em torno disso, perde-se tempo em espaços públicos, dinheiro público discutindo picuinhas de entes mal resolvidos que se diz representar a voz de minorias marginalizadas, quanto de fato parece representar inverter e insuflar apenas preconceitos de categorias que deveria se impor por si mesmo, pois são dignos pelo que são sem precisar provar ou arrogar-se do espaço público que estão tendo pra inverter os preconceitos que a muito vem sofrendo, num querelazinha improfícua, infame e de desrespeito ao povo que simploriamente financia esse pardieiro que chamamos de governo, que chamamos de mídia e mais sei lá o que... Deixando assim sem olhar o aumento do quilo de tomate que não para de aumentar, o irrisório salário que nunca dá... E com sempre beneficiando e dando cada ver mais voz a minorias – a minoria rica e bem sucedida classe dos banqueiros e toda casta dos ricos brasileiros que fica cada vez mais enrica com a descarada escalada da inflação, com o aumento abusivo dos impostos e como os malditos fingimentos com a situação econômica e social do país.
          Francamente, acho que muita gente deveria de fato refletir um pouco sobre as sentenças supracitadas de Montaigne como um bom começo, e quem sabe continuar refletindo com ele nesta outra – “aspiro particularmente a que julguem cada qual como é, sem estabelecer paralelos com modelos tirados do comum.”

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