quinta-feira, 22 de novembro de 2018

“O engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha”



“O engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha”, além de ser merecidamente considerada um clássico da literatura universal é uma das leituras mais fluídas, prazerosa e engraçadas que se pode imaginar.
Uma obra aparentemente sem pretensão de ensinar, instruir ou levar o leitor a profundas reflexões, mas, no entanto acaba exatamente de sê-la exatamente assim, e cumpri tais funções mesmo sem a explícita pretensão. Muito embora, toda a obra clássica traga em si tais atributos, “O engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha” apresenta tais fatores de modo bem peculiar.
É sobremaneira a forma em que levar o leitor ao riso e com tamanha facilidade e naturalidade que não se dá conta de imediato que se está apreciar a leitura de um livro ou a vivenciar de fato a história.
Por outro lado, inevitavelmente leva o leitor a pensar o quanto tem sido quixotesco ao longo da própria vida, e quantos ‘Sancho Pança’ já se aproveitou dele; Bem como quantos ‘Dom Quixote’ encontramos ao longo da vida que creem na realidade de suas fantasias, e por vezes nos força a participar delas... Oh céus!
Certamente um bom livro para fazer rir, refletir e nos emaranharmos no mundo da fantasia, lembrando-nos sempre que para vivermos grandes aventuras, não se tem idade, mas vontade.

sábado, 11 de agosto de 2018

O peso do mundo



 Oh céus! Não importa o tanto que você tente ser cínica, estoica, cristã...
Não raras vezes o mundo pesa sobre seus ombros!
E por vezes o peso é enorme.
E certamente chega a sufocar:
 – respiração fica pesada;
- o coração já não bate, mas apanha no dentro do peito,
E parece querer parar, cansado de se arrastar neste mundo insano.
Por vezes olho ao redor e busco alguém para conversar,
Para quem sabe contar o quanto acho que a porra deste mundo...
Tem sido injusto, insano e cruel comigo!!!
Mas quem poderia ouvir minhas lamúrias?
Entender a minha dor?!
Partilhar dos meus sentimentos?!
Minha mãe, que a vida inteira foi sacaneada pela vida?!
Os poucos amigos distantes que me restam?!
Um marido egoísta que  só se ocupa consigo mesmo e com futilidades?!
Não, não quero ser mais um peso, ou uma frustração para nenhum deles.
Por isso só me resta sentir intensamente essa dor existencial que me dilacera a alma.
Sentir o peso do mundo que me pesa me sufoca me bate o coração...
E me arrasta dias a fora, onde nada parece ter sentido,
Onde todos os erros do mundo estão comigo,
E me fazem dentre todos os seres – o mais cruel, o mais ridículo e o mais mau.  

domingo, 5 de agosto de 2018

Faça com força


Se tivesse que dizer algo para alguém hoje, certamente eu diria:
- Céus! Se você tiver que fazer algo, faça com tesão, faça com força, faça com vontade.
Raramente você vai encontrar pessoas para dizer: - Puxa que legal! Muito bom! Você manda muito bem! Parabéns!
Mas certamente vai encontrar pessoas que vai dizer que vai dizer o contrário: - que você não faz nada direito! Que se fosse ele(a) faria melhor! Seria bem melhor! Que você não tem talento...
E quando elas são legais e acham que estão te elogiando ou reconhecendo algum feito seu, dizem: - não faz mais que sua obrigação! Dar pro gasto! É mais ou menos! Não é lá grande coisa...
Em fim, então pelos céus! Quando tiver que fazer algo: - faça com tesão, faça com força, faça com vontade!
E se por ventura em algum momento você abrir a guarda e se deixar levar pelas maledicentes negatividades, se você faz as coisas com tesão, faça com força, faça com vontade! Você ainda vai ter impulso para voltar e ainda fazer mais coisas com mais tesão,  com mais força, com mais vontade!
Mesmo que seja ouvindo: - antigamente era melhor, era muito boa, mas agora...
Mesmo, muito embora nunca tenham antes dito isto!
Pois bem, se hoje tivesse que dizer algo para alguém, diria: faça com tesão, faça com força, faça com vontade!!!

sábado, 28 de abril de 2018

A GAROTA DINAMARQUESA



“A garota dinamarquesa” é um filme enfatiza a história da primeira operação de mudança de sexo da história humana ou uma história de amor? Apesar de contar a história de pessoas que primeiro se submeteu a uma cirurgia inédita para a época, de mudança de sexo, o filme antes de tudo enfatiza a história de amor entre os seus envolvidos que acaba por ter sua culminância na operação de mudança de sexo de um deles.
O filme conta a história de amor de um casal de pintores dinamarqueses que em meio a busca da identidade artística de um dos parceiros revela o “gênero oculto” do outro. Enquanto a mulher pedia para o marido pousar para suas pinturas em trajes femininos, ele começa a se descobrir do gênero oposto e vê-se a olhos vistos aflorar a sua feminilidade.
Apesar da exposição poética e própria do trajeto da mudança de atitude, de hábitos, de figurino e postura da figura masculina do marido, que é encantador e envolvente ao longo do filme, nada me arrebatou mais que o amor em que é imbuído os dois. Amor que exala em cada gesto de carinho de um para com o outro, no modo de se trata, de se relacionar e cuidar sublimemente um do outro. Mesmo nos momentos mais difíceis e traumáticos entre ambos, o amor que sentiam um pelo outro era quase palpável na relação, desde o momento de aceitação e superação até o seu ato final.
Talvez este ponto de interpretação de “A garota dinamarquesa” seja só mais uma visão de alguém equivocado, que nem se quer tenha entendido o filme direito as intenções do diretor, o propósito do roteiro, a proposta do filme como um todo. O fato é que a muito um filme não me arrebatava tanto quanto este – desde a sua beleza poética em retratar assuntos tão complexos, a feminilidade que o filme exala e a demonstração quase palpável de uma relação de amorosa, de uma relação de amor que passa do amor ao sexo, ao amor a pessoa, ao ser ao outro.
E digam o que digam, é preciso muito amor para viver uma história como “A garota dinamarquesa”, de ambos os lados! E não é atoa que a melhor frase que resume é – “o que eu fiz para merecer tanto amor?” Oras, deu-se amor! Houve amor na aceitação, na recusa, no drama, no novo, no mesmo, ao outro... Em fim “A garota dinamarquesa” para mim é um filme sim que enfatiza uma bela história de amor. Aliás, uma completa história de amor cheia de excitação, de fantasia, de dramas, de recusas, de frustação, de prazer, de decepção, de glória, de respeito, compreensão, aceitação, encantamento, admiração... e muito amor.









           



           

sábado, 14 de abril de 2018

LA CASA DE PAPEL



Pelos céus! Alguém me explica onde se encontra, onde existe marxismo, anarquismo e anti-capitalismo que fundamenta a série “La casa de papel?! Juro que até agora não encontrei! Já assistir toda a série, já analisei, já questionei, já refletir... e ate agora  nada, não encontrei nada, nenhum embasamento de fato, que a série tenha qualquer base dessas, assim como ouvir por aí!
Porém isso não importa muito, o que realmente importa é que a série é de fato muito boa, surpreendente, e até certo ponto inusitada. Tipo, de uma temática tão banal em filmes de ação, fazer surgir algo tão surpreendente, inovador, empolgante... É realmente algo que no mínimo merece ser vista e quiça admirada.
“La casa de papel” conta a história de um assalto à casa da moeda espanhola, planejado milimetricamente por um filho de assaltante de banco que morreu em um assalto – o professor.
O professor, como é chamado pelos seus colegas de bando e bem como se identifica para a polícia, dedica toda a sua vida a organizar um plano perfeito para realizar o maior assalto a banco da história. Após tudo planejado, milimetricamente calculado, ele reúne uma equipe com os melhores profissionais que irá precisar para fazer o assalto, reúne-os em uma casa, os instruem e os convencem a seguir todas as etapas e regras para realizarem o maior assalto de todos os tempos.
Entre os diversos eventos que se pode prever que se ocorra em um assalto, todos eles são esperados, planejados e previstos pelo professor, exceto, o mais banal, o mias improvável e o mais inusitado dos eventos – o amor!
O amor entre os integrantes do bando, o amor entre assaltantes e assaltados, o amor entre o professor e a inspetora... O amor, justamente o amor que vem a se tornar o ponto fraco de todo o plano, esse único e mais improvável evento não foi calculado, e foi exatamente ele que quase leva tudo ao fracasso.
Durante os dias de assalto, trancados dentro de um banco com mais de vinte reféns e uma equipe de oito assaltantes – os mais distintos possíveis e que pouco se conhecem, com todos os tipos de emoções, e paixões a flor da pele, conflitos diversos surgem entre eles, e o desenrolar nem sempre são dos melhores. Porém, entre perdas e danos, o desfeche de tudo é concernente com toda a trama, e apesar de clichê, o melhor possível.
Logo, “La casa de papel” é obviamente um excelente programa de entretenimento, sublimação e projeção de algumas paixões humana, com uma boa dose de adrenalina, com algum conhecimento de ciência Florence, do previsível comportamento humano e sim de muita fantasia e ficção que nos são dadas como verdade.
Inegavelmente uma excelente série, mas sem nada de marxismo, sem nada de anarquismo e anti-capitalismo... Como disseram por aí Rsrsrss oh céus!!!