sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

SOLUÇÃO/SOLIDÃO



Solidão velha companheira!
Serás hoje a solução?!
Solução, solução, solução...
Solução Química, destrutiva, hipócrita, paliativa...
A solução em momentos de crise e sempre a solidão!
Solução/solidão rimada assim a mística/desapegação!
Desapego das palavras...
As palavras que em momentos difíceis não dizem nada...
E os mais sentidos... Legam-se a mística/desapegação!
A Mística consubstanciada, emudecida pelas palavras...
E forçosamente implicada na formulação:
- solução/solidão!!!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O LADO ESCURO DA LUA



Ó céus! Quero ir ao lado escuro da lua!
Necessito ardentemente de escuridão,
Anseio pelas trevas mais que luminosa,
Quero está contigo...
Preciso ir ao lado escuro da lua!
Lágrimas dos meus olhos já não rolam...
Diminuiu a minha possibilidade de chegada até lá,
O nó travado na minha garganta...
Dificulta mais e mais a minha chegada até lá!
Ó céus, como faço pra uma contigo está?!
O lado escuro da lua, desejo ardentemente está lá!
Não suporto mais a hipocrisia escancarada,
Que a falsa luz insiste em me mostrar.
Apenas nas trevas mais que luminosa,
É que posso me encontrar...
E no lado escuro da lua é onde desejo está!
Nas trevas mais que luminosa pra me encontrar,
No lado escuro da lua é lá que quero está!
Pois é no escuro que tudo se esclarecer...
E nada se pode negar!!!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ESTRANHO MUNDO



NO ESTRANHO MUNDO DESTAS CRIATURAS...
DAS CRIATURAS QUE NÃO SE MISTURAM,
QUE NINGUEM FRANCAMENTE SE PROCURA,
QUE NINGUEM SE OUVE,
QUE NINGUÉM SE VER...
SINTO-ME COMPLETAMENTE PERDIDA SE VOCÊ!
UMA ESTRANHA SEM PAR,
UM PEIXE FORA DO MAR,
COMO NUM MUNDO PRESTE A ACABAR!
SEM ME RECONHECER,
SEM LHE RECONHECER,
SEM TER VOCÊ EM MIM,
SEM ESTÁ EM VOCÊ...
MEU MUNDO JÁ COMEÇA A PERECER!
NO ESTRANHO MUNDO DESTAS CRIATURAS,
MEU EU QUE JÁ NÃO É COMPREENDIDO,
AGORA É TAMBÉM COMPLETAMENTE SOLITÁRIO SEM VOCÊ!
NESTE ESTRANHO MUNDO DESTAS CRIATURAS,
MEU EU ESTA A FENECER... 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

JULGUE-ME



É possível apontar a maior das idiotas?!
Sim, és-me aqui!
Toque fogo cuspa desdém...
Afinal sou merecedora de tudo isso,
E acho que até mais um pouco!
Julgue-me como lhes aprouver!
Afinal, devo está já acostumada a tudo isso.
Ou ao menos deveria está!
Está acostumada a ser julgada, achincalhada, subjugada...
Só ainda não descobrir o que me pesa mais em mim!
Se o julgo biltre, covarde e infundado...
Ou o peso do seu mundo hipócrita que pesa sobre mim!
Mas que diabos de relevância isso tem?!
- Tudo bem! Ainda tenho uns óculos barato capaz de esconder meus olhos vermelhos e inchados;
- Sempre haverá um livro em que eu possa quem sabe me achar, ou me perder;
- Sempre terá uma filosofia pra que eu me sinta um pouco melhor, ou um pouco pior, não sei! Não importa!... Sei que talvez esse seja o meu único meio de sublimar este maldito mundo de julgamentos absurdos e incompreensão que turba e sufoca um já dilacerado coração.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

DEVANEIOS DE UMA VIRGEM



Há se tu pudesses...
Se tu pudesses romper o meu hímen,
Penetrar minha vagina...
E roçar a minha vulva.
Deixa-me segurar a tua bunda,
E arranhar teu corpo inteiro.
E no ápice do meu desespero...
Puxar teu cabelo!
E ao fim e ao cabo desta laúza,
De uma adolescente confusa...
Fazer-me por um instante:
- Uma Afrodite ardente e pulsante!

sábado, 24 de novembro de 2012

EMERSON SHEIK


A graça e a desgraça de ter que conviver coma biodiversidade e dividir a casa com pessoas de gosto completamente distintos é que às vezes, ou quase sempre se é forçoso o ver e o ouvir determinadas coisa... Que pelos céus!!! Não se sabe se acredita ter ouvido tamanho absurdo ou se acredita ter ouvido de modo errado e começa a pensar sobre tamanho despautério, tipo – será que tamanho asno quis realmente dizer com isso?!
A última pérola que recebi da biodiversidade foi pela televisão de Emerson Sheik Jogador de futebol do Corinthians que com toda sinceridade que cabe em seu ser disse: - “Quem vive da boca é cantor, eu vivo dos pés.”
Céus, confesso que fiquei perplexa com tamanha declaração e sôfrega pra entender, o que será que ele quis dizer com isso?! Como será viver da boca?!Bom o foto é que até hoje, eu ainda não consegui decifrar esse enigma de mais um dos nossos heróis de chuteiras, desta amável pátria.
Então deixo aqui a minha perplexidade e o desejo de quem sabe os nossos jogadores de futebol, nossos tão memoráveis heróis de chuteiras possa nos esclarecer esta questão e pensarem em falar um pouco mais entendível ao público leigo que por ventura ou desventura, graça ou desgraça os assiste.   

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

FENÔMENO VIOLÊNCIA


Nunca acreditei na justiça brasileira, não só pelo fato de sempre que a precisei sempre me faltou, como também por acha que só há justiça no Brasil pra quem tem dinheiro, poder e uma posição social privilegiada.
Aliás, acho que a única justiça que até hoje respeito, sigo e conheço é a justiça Divina, aquela que age consoante a lei da ação e reação, e que não se é possível plantar uma safra de milho e colher uma de feijão...
Bem, sei que tudo isso é meio desconexo e impróprio pra alguns lugares e distintas opiniões, mas o fato é que não se tem como falar de violência urbana sem não falar de justiça... E nos últimos dias na localidade em que me encontro, tem chegado ao ápice uma tenebrosa onda de violência que a pouco mais de um ano vem causticando os mais simplórios cidadãos de diferentes modos, sejam por meio de palavras, roubos, assaltos, sorvas, retaliação com facas e facões, ameaças e outras coisas que eram assistidos passivamente pela justiça e por toda a sociedade, que não faziam absolutamente nada contra, tipo – quem quer que fosse roubado, espancando, achincalhado... Que lidasse como quisesse e pudessem com suas perdas e danos, sem se quer esperar compaixão dos supracitados, afinal quase todos ficaram vivos pra contar a história, como se o único crime que se cometesse contra a vida fosse o assassinato imediato.
Cerca de um mês atrás, segundo pessoas mais informadas da cidade, um grupo misterioso de atiradores começaram a eliminar reconhecidos ladrões e malfeitores que já tinham levado a óbito e colocado hospitalizados vários idosos e deixado em pânico e em choque várias outras vítimas após terem sido roubas e maltratadas por estes; depois de terem interditado estradas e colocado em pânico determinadas localidades e feito inúmeras vítimas...
E óbvio que diante de tanto é impossível não se sentir dentro de um filme, não sei se de um filme de drama, não sei se de um filme de terror, não sei se de um filme de ação... Sei que além do sentimento de insegurança diante de toda essa situação, onde resumidamente bandido mata bandido, o que me deixa ainda mais perplexa em face desse fenômeno de violência são os inúmeros comentários infames, parciais e defasados de pessoas que são capazes de aproveitar-se de qualquer situação e de tomar partido, com o único intuito de promover o nome e a profissão.
Bom, talvez isso também seja só mais um comentário infame da situação, talvez seja também parcial... Mas com certeza, não quero e não vou tomar partido algum - nem de bandido que á muito roubam, espancam e matam velhinhos a médio ou longo prazo, nem de bandido que matam bandido. Quero apenas dizer que a vivência de tudo isso é algo que simplesmente não pode de qualquer modo ser dita por seres da capital, de capital, de posição social e parcial, que se julgam o melhor dos ‘linces’ e grandes formadores de opinião social e que simplesmente tomam um partido e fingem nunca terem existido os diferentes tipos de violências e descasos sociais supracitados.

sábado, 10 de novembro de 2012

PESSOAS QUE NOS CERCAM


Esquecemos que as pessoas que nos cercam... Um dia se vai!

Às vezes nem sabemos que bem ou mal nos faz,

Sabemos que um dia elas desaparecem, partem, vai, esvaí...

Indo pra perto ou pra longe, por alguma fatuidade, ou qualquer outra coisa da vida...

Ou por á vida, ou com a vida, ou sem a vida!

Não mandam recado, não avisam!

Deixam marcas, deixam feridas...

E algumas são tão sentidas, que até brilham como estrelas...

Estrelas de um céu particular de emoções vividas!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DAQUELE JEITO



 HOJE EU QUERO TUDO DAQUELE JEITO!
AMOR RASGADO, DISCARADO E SEM RESPEITO.
ALIÁS! RESPEITO SÓ SE FOR AQUELE QUE RIMA COM PEITO.
PEITO PRASE FAZER TUDO QUE É BOM e PRINCIPALMENTE IMORAL!
ALIÁS! IMORAL SEMPRE RIMA COM PAU!!!
E PAU É SEMPRE IMORAL, PRINCIPALMENTE QUANTO GRANDE E DESPROPOCIONAL...
PERFEITO PRA AMORES IMORAIS E INCONDICIONAIS.
AFINAL! HOJE EU QUERO DAQUELE JEITO.
 DAQUELE JEITO, AMOR IMORAL, INCODICIONAL, RAGADO, DESCARADO E DE MUITO PEITO...
AQUELE TIPO DE AMOR PERFEITO!!!
TÃO PERFEITO QUE TODOS QUEREM, MAS POUCO FAZ.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

"A UTOPIA"


“Considere também como são poucas aqueles que ao trabalhar estão empregadas em coisas verdadeiramente necessárias. Porque, neste século de dinheiro, onde o dinheiro é o deus e a medida universal, grande é o número das artes frívolas e vãs que exercem unicamente a serviço do luxo e do desregramento”.
Juro que assim que acabei de ler este trecho de “A Utopia” de Thomas More, filósofo renascentista inglês que viveu entre 1778 e 1535, mesmo já sabendo de antemão de tudo isto, tive que fecha o livro e me certificar que não tinha pegado o livro errado e voltar aos dados dos biográficos do autor pra ter a certeza que ele realmente escrevera isto a cerca de seis séculos atrás... E só depois destes espasmos, lembra-me e ficar mais certa que de fato uma das conotações do termo clássico, é que ele também pode ser entendido como coisas ditas ou feitas que mesmo depois de muito tempo lançadas no mundo elas continuam sendo sempre atuais.
Inegavelmente, creio que “A Utopia” de Thomas More não vai mais me deixar esquecer isso, pois, se tivesse lido trechos desta bela obra em qualquer outro lugar e sem especificação dos dados biográficos, juraria que teria sido escrito por qualquer pessoa na noite de ontem após ver e ficar extremamente aborrecido com as coisas absurdas da nossa sociedade, dos nossos líderes políticos, das heróicas celebridades... Em fim dos ricos da nossa sociedade, e sempre fica sem entender quase tudo, muito menos coisas do tipo – por que o nosso governo se preocupa tanto com a redução do ip de automóveis e não dar nem a mínima pra crescente inflação de alimentos indispensáveis na mesa de pobres e injustiçados trabalhadores?! Por que nossas ‘heróicas celebridades’ se preocupam tanto com a sua maldita aparência á ponto de criarem empregos tão fúteis quanto especialista em fazer sobrancelhas e bajuladores que digam ou deixem de dizer o momento certo de falarem as coisas estúpidas que eles sempre dizerem em um ‘português mal dizido’ e não se preocupam em colocarem algum conteúdo no ser vazio e ridículo que são?! E por que temos uma infinidade de programas de televisão que insistem em transforma essas ricas celebridades em estereótipos de perfeição que tem a cargo de si contribui mais e mais com a criação de pseudo-necessidades?! ...  E diante de tanto, resolveu expressar o seu aborrecimento em palavras, já que mais que nunca temos de fato uma aflorada frivolidade em quase todos os âmbitos sociais a ponto de não nos referimos às pessoas notáveis, artistas e celebridades como talentosas, inteligentes ou respeitáveis, mas como endinheirados e bem sucedidos com o deus e medida universal do também nosso século – o dinheiro!
Lastimavelmente, o caso é que quem tem esse deus ‘no bolso’, crêem-se de fato melhores, mesmo sendo o pior dos piores; mais bonitos, mesmo sendo o mais feio; mais talentoso, mesmo sem talento algum; e ainda como também diz More, “ por meio de manobras fraudulentas, mas ainda decretando leis para tal fim... Abusar da miséria dos pobres, abusar de pessoas, e comprar pelo preço mais baixo suas habilidades e labores”, não importando o tipo, desde que todos os abusos sirvam apenas ou luxo e desregramento.
Apesar do pueril espanto que tive com a leitura de Thomas More, tudo isso me fez não só refletir um pouco mais sobre as coisas que vejo nos telejornais da manhã e por todos os meios de comunicação durante todo o dia... Como também pra nunca mais esquecer a peculiar conotação do termo clássico - que se entende como coisas ditas ou feitas que mesmo depois de muito tempo lançadas no mundo elas continuam sendo sempre atuais.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“MEIA NOITE EM PARIS”


Confesso que desde a primeira vez que ouvir falar desse filme em algum programa de televisão fiquei com muita vontade de vê-lo, apesar de não saber ao certo do que se tratava o roteiro, pois tanto a sinopse quanto o que se comentava sobre o filme enfatizava-se mais o diretor e os atores que o próprio filme, mesmo assim ainda fiquei com vontade de assisti-lo e muito mais curiosa.
Basicamente o roteiro do filme conta da nostalgia, da admiração e do embevecimento que certo escritor tem pelos escritores, pintores e toda a casta de artistas franceses ou que viveram na França em meados de 1920, que se configura pra o dito escritor como a era de ouro, em que ele gostaria de ter vivido. Numa bela noite, após algumas taças de vinho ele ver-se perdido pelas ruas de Paris, e quando o relógio soa as badaladas da meia noite, ele é convidado a entrar num carro típico da época repleto de artistas franceses que fizeram da sociedade parisiense a era de ouro que ele tanto admirava. Por diversas noites a situação se repete e o escritor ver-se imiscuído e embevecido na atmosfera de pura arte e cultura parisiense do começo do século XX, e desenvolve vários diálogos com personagens importantíssimos pra história da às artes, tais como – Picasso, Salvador Da Li, Buñiel... Entre vários outros.
No entanto, o que mais me fascinou ao assistir o filme, foi imediata empatia com o escritor, que jogou na tela de modo glamoroso os meus não tão raros momento de arrebatamento literário, filosóficos, cinéfilos... Sei lá o estado de espírito em que fico quando um belo texto, um bom filme (como este) me arrebata de tal forma que desperta no mais profundo do meu pobre ser uma necessidade incontida de ir ao primeiro boteco compra o vinho mais barato e tomá-la sofregamente a largos tragos, com uma ânsia incrível de falar sobre o turbilhão de impressões que determinado autor, livro, filme me causara. E como sempre quase nunca é possível, inevitavelmente sinto-me a vagar pelas ruas da cidade a travar diálogos esquizofrênicos com escritores de livro que li, com diretores de filmes que vi... E assim, como o escritor de “Meia Noite em Paris”, sinto-me completamente imiscuída e embasbacada com as fortes impressões do voluptuoso mundo das letras e das artes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

RECLAMAÇÕES DO MUNDO AO HOMEM INGRATO


Que é de ti ó homem ingrato?!
Onde estais os cuidados teus?!
Os cuidados a este mundo que te acolhes?!
Mundo este estupendo e cheio de vida,
Que tem o fim de nutri-te...
E dar-te o que tem de melhor à vida!

E tu ó homem ingrato,
Passa a trata-me assim?!
Assim com tal desleixo e desprezo?!
Com esta cegueira inconcebível...
E não percebes que todas as minhas reações apenas dizem:
- Cuidas melhor de mim ó fruto meu!


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

“UMA CIDADE SEM LEI”


            E bem triste a insignificância, o pesar de balizar vidas em valores como – honestidade, sinceridade, confiabilidade, lisura, cortesia, educação, bondade, tolerância, busca de conhecimento e sabedoria... E nada disso ter significado algum por não está respaldado em dinheiro, status e poder.

Parece que sem esse tripé todos estes e outros valores que bons livros e a velha educação de alguns pais de antigamente ensinam que são nobres e mercadores de observância e pratica não tem valor ou sentido algum numa sociedade em que se troca e se confunde valores com preços; educação com números; concentração de renda com ‘desenvolvimento econômico’ e sócio-cultural; política com politicagem; cortesia com bajulação e demência...

E é praticamente impossível não se indignar com a falta de valores ou inversão de deles que nos invade dia após dia as nossas vidas e nossas casas, transformadas em músicas de péssimas qualidades, entretenimento que nos nivela por baixo aos maiores beócios e castra por completo a voz e qualquer tipo de expressão das minorias e as coloca num terrível ostracismo.

Curiosamente vi um filme nos últimos dias que me lembraram tudo isso – a falta de valores dos homens que dominavam a região, a invasão do mau gosto, o ostracismo de alguns, a confusão e inversão dos valores... O nome do filme é bem sugestivo “Cidade sem lei”, e é de um ‘formato’ por assim dizer bem interessante que mistura alguns aspectos de vídeo game, com alguns laivos de quadrinhos, sei lá... Bom, sei que de fato achei o filme muito interessante e apesar de contar uma historinha muito batida o roteiro aborda e conta-a de modo bem criativo e interessante a historinha que é mais ou menos assim: - Alguns homens sem nenhum dos valores supracitados subjugam toda uma cidade por meio de todos os tipos de violência e desrespeitos aos demais cidadãos e detêm todo o domínio da mesma e a coloca completamente á mecer dos seus caprichos e dos seus comparsas, tornado–a assim “Uma cidade sem lei”, que por sinal este é o nome do filme.

Inegavelmente, tudo isso me levou imediatamente a lembrar de certas cidades e determinada sociedade (principalmente agora em período de eleição) que com pequenas ressalvas nos deixa na melhor das hipóteses a pensar – será que a vida imita a arte ou a arte imita a vida?

sábado, 29 de setembro de 2012

PHILIA



Descobrir uma coisa que á muito esquecia – Philia!
Philia com PH, no sentido mais genuíno, visceral e abissal do termo,
Philia, philia... Entre mim e ti e de ti pra mim.

E sei que você também sabe de philia, e vive a philia
E como um dos poucos sabe tocar as notas mais raras da philia,
Despertando em minha alma harmonia e potencialidades raras,
Impensadas em qualquer um dos meus dias.

Philia! E se em algum dia sóbrio, frio e vazio...
Se algum dia, por qualquer motivo ou lapso de não sei lá o que,
Se algum dia pensares em dar um fim violento a vida,
De modo consciente ou não – não faz isso não, não faz assim.
Entrega-se pra mim, entrega-se pra mim e não temas.
Não temas pois: - Cuidarei de ti por mim e por ti!
Cuidar-te-ei e amar-te-ei exatamente assim com és,
Olhar-te-ei como se fosse uma parte de mim,
Parte essa que se me faltar penosamente também morrerei.
Morrerei apenas por saber que ser tão sublime com você deixará de ser,
Não respira mais o mesmo ar que insistirá em invadir meu pobre ser.

Viver sem a sua philia seria...
Seria viver sem esperança, sem desejo...
Sem a ânsia de nos encontramos de tempos em tempos,
De falarmos, de nos sintonizarmos e inefávelmente...
Sentir a harmonia perfeita de um ser e outro pobre ser.

Não sabes o quanto essa philia me faz bem,
Não sabes o quanto me sinto bem em saber que respiramos o mesmo ar,
E o quanto me alegra a expectativa de podermos nos encontrar,
De podermos conversar e poder ser só eu e você.
E você ser só você, sem censura, sem mascaras...
Sem nenhuma expectativa além de visceralmente:
- Eu ser eu e você ser você!
E a palavra philia assumir todo o sentir de ser!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

“A CARNE”


Poderia dizer que a leitura de “A carne” foi meio que uma frustação, mas certamente estaria mentindo, pois o que realmente houve foi à superação de toda e qualquer expectativa, julgo ou indicação que algum dia tivera de tal livro.

 Por incrível que pareça só tive conhecimento da existência de “A carne” na academia, por meio de uma colega que me julgava interessada por demais em leituras sensuais, pornográficas e qualquer coisa do gênero (de fato, enquanto os sapientíssimos colegas de classe vivam na biblioteca em busca de bibliografia estritamente técnica, eu viva lendo “Poesia erótica”, Marques de Sade...). Na ocasião não dei relevância alguma a indicação da colega, e muito menos ao seu julgo literário, do que com certeza não me arrependo, pois hoje mais do que nunca percebo o quanto ela tinha uma concepção limitada e preconceituosa da literatura, especificamente do livro “A carne” de Júlio Ribeiro. Não que este livro não seja uma obra com laivos perfeitos de sensualidade, mas com já disse pela forma preconceituosa e limitada que ela me passou da mesma.

Obviamente “A carne” é uma leitura excepcional que vai muito além dos chulos comentários e expectativas que outrem me passara. É uma obra soberba, perfeita, completa e acabada no que mais me chamou a atenção – captar como poucos romances a alma feminina, com suas inquietudes, expectativas e sensibilidade ao olhar o mundo á sua volta; bem como todo o realismo dos personagens e situações evocadas pelo autor, principalmente a incompletude e a insaciabilidade humana de viver; o desejo sôfrego e angustiante de vida que se evidencia e brota desde as mais complexas as mais simples formas de vida á derramar-se de modo sutil e pulsante por toda a natureza, seja ela humana ou de qualquer espécie.

 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

“MELANCOLIA”




     

      “Melancolia”, este é o nome de um dos muitos filmes que assisti ultimamente, e dentre todos estes foi o que mais me impactou.
            Dito de modo sucinto, o filme de Lars Von Trie é uma materialização perfeita do que de fato deve-se entender por melancolia (deixando á margem o contexto de ficção científica), deixando bem claro que melancolia não é algo causado por falta de dinheiro ou excesso dele, como algumas pessoas pensam (inclusive alguns amigos meus) e não se deve á um fator externo ao ser... Mas a algo íntimo e quiçá inefável á qualquer outro, devendo-se antes á um terrível sentimento de frustração de dar-se tanto, de dedicar-se tanto á determinadas coisa e certas pessoas e aos poucos perceber que nada disso tem á menor relevância ao que tanto se dedicara que seus cuidados, seus encantos e esforços não tiveram nenhuma importância, não fizerem o menor sentido. E diante de tanto chegando a esquecer de que a dedicação as coisa que consideramos relevantes, o dar-se tanto a outros seres e coisas deve ter importância e sentido único é exclusivo a si mesmo e nunca ao outro e que a única recompensa de nossas dedicações, esforços e entregas é a satisfação íntima e pessoal que teremos com tanto (a filosofia estóica ajuda a entender isso).
            Então quando se esquece disso ou mesmo não sabemos disso, nos vemos muito bem representado pela mocinha do filme “Melancolia” Justine – completamente estranha ao mundo á nossa volta; sentido um aborrecimento horrível às pessoas á nossa volta e que mais e mais se estende á tudo que nos cerca, e nos vemos á todo custo a esconder-se e fugir do mundo, seja atrás das paredes frias do quarto, ou de grossas cobertas que recobrem camas que mais parecem de espinho e até mesmo por traz de suores e fluidos do próprio corpo que já não se quer mais lavar com medo que fiquemos mais vulnerável e desprotegida do terrível mundo que monstruosamente nos esmaga. Bem como não se sente falta de comer, pois se sabe que tudo terá gosto de cinzas, das cinzas que á muito já turbaram os olhos e deixaram á vida sem cor, sem sentido como a música mais triste que o tempo todo toca bem alto no ouvido.
            E fatalmente quando não há uma superação disto, ou melhor, do que caracterizamos como melancolia, passa-se o desespero dos primeiros arrufos melancólicos e chega acomodar-se com tudo isso... Acalentando-se com o desejo íntimo é masoquista que o quanto antes o mundo acabe que tudo exploda, não sobrando nada, pois tudo é tão mal, tudo é tão sem sentido e nos sentimos tão só no universo que tudo que queremos é que tudo exploda que tudo se acabe... Assim como no filme do Lars Von Trier!
            Obviamente que existem outras coisas a serem percebidas e ditas sobre o excelente filme “Melancolia” de Lars Von Trier – que o roteiro é maravilhoso; a direção é perfeita; o elenco é sublime; a Kirsten Dunste se supera... Em fim, tudo isso e vários outros aspectos que o mundo inteiro já disse e eu concordo.
 E que talvez o que foi dito aqui sobre “Melancolia” seja só mais uma impressão particular e equivocada de alguém que se encantou muito com o filme e que achou que além do filme retratar fielmente a melancolia e dar formas exatas a mesma, também extrai algo muito raro no espectador – a reflexão.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

SEXO?!







Já que hoje é o dia dele, por que não pensarmos um pouquinho sobre 'SEXO'...



Afinal o que é... Sexo?


  • Para o médico o sexo é
... uma doença porque sempre termina na cama.


  • Para o advogado o sexo é... uma injustiça porque sempre há quem fica por baixo.


    • Para o engenheiro o sexo é... uma máquina perfeita porque é a única em que se trabalha deitado.




    • Para o arquitecto o sexo é... um erro de projecto porque a área de lazer fica muito próxima da área de saneamento.



    • Para o político o sexo é... um acto de democracia perfeito porque todos gozam independentemente da posição.




    • Para o economista o sexo é... um desajuste porque entra mais do que sai. Às vezes nem sabe o que é activo ou passivo.



    • Para o contabilista o sexo é... um exercício perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço, tira-se o bruto e fica o líquido. Podendo, na maioria dos casos, ainda gerar dividendos.




    • Para o matemático o sexo é... uma perfeita equação porque a mulher coloca entre parênteses, eleva o membro à sua máxima potência, e extrai-lhe o produto, reduzindo-o à sua mínima expressão.



    • Para o psicólogo o sexo é...explicar é foda!

    • Para o FILÓSOFO o sexo é... um eterno porenai.

    quarta-feira, 29 de agosto de 2012

    PROJEÇÃO



    Pra que falar - Se nada faz sentido?!
    Por que a linguagem - se somos sempre incompreendidos?!
    Pra que ler as entrelinhas - se nela só projetamos o nosso sentido?!
    Por que dizer - se seremos sempre incompreendidos?!

    E se quando te digo - você não ouve,
    Quando me ouve - você não me escuta,
    E silenciosamente me chama de burra.

    Inutilmente tento mostrar o que você não ver,
    Onde começa o mim e onde termina o você.
    Mas você não ouve - você não ver!
    Você só enxerga Você - tudo projeta você.

    Você que não me ouve,
    Você que não me ver, 
    Você que não me ler,
    Você que é só projeção,
    Você que mesmo assim...
    Sabe tudo de mim e faz a mais perfeita projeção:
    - A projeção sua em mim,
    E me julga sempre assim, assim...

    quarta-feira, 22 de agosto de 2012

    ÁPIS



    Como poucas vezes na vida,
    Hoje estou no ápis...
    No ápis do constrangimento;
    No ápis do insignificância;
    No ápis do fingimento de dizer:
    - Tá tudo bem;
    No ápis da dor.
    Da dor que me fez derramar em lágrimas...
    E soluçar de desespero.

    No meu ápis chorei, chorei e chorei,
    Tudo que fiz no meu ápis foi chorar,chorar e chorar,
    Chorar com o íntimo desejo de molhar,
    Molhar com as minhas lágrimas acre e salgadas...
    O inefável que me atrozmente está a me sufocar.

    sexta-feira, 17 de agosto de 2012

    ALGO



    Preciso urgentemente senti algo...
    Algo diferente do gosto amargo...
    Do gosto amorgo das dores que me levam ao latergo.
    Algo que não me lembre o asco...
    O asco dilacerante da traição.
    Algo diferente das calunias que me oprime...
    Que me oprime como um pão...
    Como um pão que o diabo :
     Pisou com os pés;
    Amassou com o rabo;
    E derramou compulsivamente o sabor do facasso.
    O facasso que me persegue e em me se entifica.
    O facasso das pessoas malditas!

    Preciso urgentemene sentir algo...
    Algo diferente do não sei bem o que,
    Algo que não me faça ter medo de viver,
    Algo que me faça acordar,
    Algo que não me faça pedir perdão ao mundo por despertar.

    Céus!Preciso urgentemente sentir algo!!!
    Algo que não me faça pedir perdão á vida,
    Algo que não me expulse da vida,
    Algo que mesmo timidamente me chame á vida.
    Preciso urgentemente sentir esse Algo.

    sábado, 11 de agosto de 2012

    Buraco negro.



    Já não sei mais se há em mim um coração!
    O que chamam de peito...Em mim,
    Em mim é um buraco negro.
    Tudo que você sente por mim - já não importa;
    O que você pensa saber sobre mim - já não interessa.
    Tudo que você me dar,
    Entra por uma única frecha...
    E inutilmente busca meu coração...
    E factamente perde-se na mais negra escuridão.

    Não sei onde estou - mas estou!
    Não sei onde vou - mas vou!
    Não sei nem o que sou... Mas acho que sou,
    E sei que tudo que me vem é sugado,
    Sugado como o último e mais precioso bem.