“Considere
também como são poucas aqueles que ao trabalhar estão empregadas em coisas verdadeiramente
necessárias. Porque, neste século de dinheiro, onde o dinheiro é o deus e a
medida universal, grande é o número das artes frívolas e vãs que exercem
unicamente a serviço do luxo e do desregramento”.
Juro
que assim que acabei de ler este trecho de “A Utopia” de Thomas More, filósofo
renascentista inglês que viveu entre 1778 e 1535, mesmo já sabendo de antemão
de tudo isto, tive que fecha o livro e me certificar que não tinha pegado o
livro errado e voltar aos dados dos biográficos do autor pra ter a certeza que ele
realmente escrevera isto a cerca de seis séculos atrás... E só depois destes
espasmos, lembra-me e ficar mais certa que de fato uma das conotações do termo
clássico, é que ele também pode ser entendido como coisas ditas ou feitas que mesmo
depois de muito tempo lançadas no mundo elas continuam sendo sempre atuais.
Inegavelmente,
creio que “A Utopia” de Thomas More não vai mais me deixar esquecer isso, pois,
se tivesse lido trechos desta bela obra em qualquer outro lugar e sem especificação
dos dados biográficos, juraria que teria sido escrito por qualquer pessoa na
noite de ontem após ver e ficar extremamente aborrecido com as coisas absurdas da
nossa sociedade, dos nossos líderes políticos, das heróicas celebridades... Em
fim dos ricos da nossa sociedade, e sempre fica sem entender quase tudo, muito
menos coisas do tipo – por que o nosso governo se preocupa tanto com a redução
do ip de automóveis e não dar nem a mínima pra crescente inflação de alimentos
indispensáveis na mesa de pobres e injustiçados trabalhadores?! Por que nossas ‘heróicas
celebridades’ se preocupam tanto com a sua maldita aparência á ponto de criarem
empregos tão fúteis quanto especialista em fazer sobrancelhas e bajuladores que
digam ou deixem de dizer o momento certo de falarem as coisas estúpidas que
eles sempre dizerem em um ‘português mal dizido’ e não se preocupam em
colocarem algum conteúdo no ser vazio e ridículo que são?! E por que temos uma
infinidade de programas de televisão que insistem em transforma essas ricas
celebridades em estereótipos de perfeição que tem a cargo de si contribui mais
e mais com a criação de pseudo-necessidades?! ... E diante de tanto, resolveu expressar o seu
aborrecimento em palavras, já que mais que nunca temos de fato uma aflorada frivolidade
em quase todos os âmbitos sociais a ponto de não nos referimos às pessoas
notáveis, artistas e celebridades como talentosas, inteligentes ou
respeitáveis, mas como endinheirados e bem sucedidos com o deus e medida
universal do também nosso século – o dinheiro!
Lastimavelmente,
o caso é que quem tem esse deus ‘no bolso’, crêem-se de fato melhores, mesmo
sendo o pior dos piores; mais bonitos, mesmo sendo o mais feio; mais talentoso,
mesmo sem talento algum; e ainda como também diz More, “ por meio de manobras fraudulentas,
mas ainda decretando leis para tal fim... Abusar da miséria dos pobres, abusar
de pessoas, e comprar pelo preço mais baixo suas habilidades e labores”, não
importando o tipo, desde que todos os abusos sirvam apenas ou luxo e
desregramento.
Apesar
do pueril espanto que tive com a leitura de Thomas More, tudo isso me fez não
só refletir um pouco mais sobre as coisas que vejo nos telejornais da manhã e
por todos os meios de comunicação durante todo o dia... Como também pra nunca
mais esquecer a peculiar conotação do termo clássico - que se entende como
coisas ditas ou feitas que mesmo depois de muito tempo lançadas no mundo elas
continuam sendo sempre atuais.
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