quinta-feira, 18 de outubro de 2012

“MEIA NOITE EM PARIS”


Confesso que desde a primeira vez que ouvir falar desse filme em algum programa de televisão fiquei com muita vontade de vê-lo, apesar de não saber ao certo do que se tratava o roteiro, pois tanto a sinopse quanto o que se comentava sobre o filme enfatizava-se mais o diretor e os atores que o próprio filme, mesmo assim ainda fiquei com vontade de assisti-lo e muito mais curiosa.
Basicamente o roteiro do filme conta da nostalgia, da admiração e do embevecimento que certo escritor tem pelos escritores, pintores e toda a casta de artistas franceses ou que viveram na França em meados de 1920, que se configura pra o dito escritor como a era de ouro, em que ele gostaria de ter vivido. Numa bela noite, após algumas taças de vinho ele ver-se perdido pelas ruas de Paris, e quando o relógio soa as badaladas da meia noite, ele é convidado a entrar num carro típico da época repleto de artistas franceses que fizeram da sociedade parisiense a era de ouro que ele tanto admirava. Por diversas noites a situação se repete e o escritor ver-se imiscuído e embevecido na atmosfera de pura arte e cultura parisiense do começo do século XX, e desenvolve vários diálogos com personagens importantíssimos pra história da às artes, tais como – Picasso, Salvador Da Li, Buñiel... Entre vários outros.
No entanto, o que mais me fascinou ao assistir o filme, foi imediata empatia com o escritor, que jogou na tela de modo glamoroso os meus não tão raros momento de arrebatamento literário, filosóficos, cinéfilos... Sei lá o estado de espírito em que fico quando um belo texto, um bom filme (como este) me arrebata de tal forma que desperta no mais profundo do meu pobre ser uma necessidade incontida de ir ao primeiro boteco compra o vinho mais barato e tomá-la sofregamente a largos tragos, com uma ânsia incrível de falar sobre o turbilhão de impressões que determinado autor, livro, filme me causara. E como sempre quase nunca é possível, inevitavelmente sinto-me a vagar pelas ruas da cidade a travar diálogos esquizofrênicos com escritores de livro que li, com diretores de filmes que vi... E assim, como o escritor de “Meia Noite em Paris”, sinto-me completamente imiscuída e embasbacada com as fortes impressões do voluptuoso mundo das letras e das artes.

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