quarta-feira, 30 de março de 2011

Ler, ler, ler...


“Vivemos numa época essencialmente trágica; por isso nos recusamos a tê-la como tal. O grande desastre aconteceu; achamo-nos entre ruínas, forçados a reconstruir novos hábitos, a criar de novo pequeninas esperanças. Trabalho bastante duro. Já não há caminhos fáceis á nossa frente: temos de contornar obstáculos, pular por cima deles – e isso porque temos de viver, seja qual for a extensão do desastre havido.”
David Herbert Lawrence.
            De volta as terras de Sergipe Del Rei, a coisa mais interessante que se tem a fazer é ler, ler, ler... E pra começar esta minha viagem nada melhor que em companhia de David Herbert Laurence, com - “O amante de Lady Chatterley”, um livro que em suas primeiras palavras, em seu primeiro parágrafo o autor já deixa claro o porquê do livro ser um clássico, e ao longo de toda a obra isso vai mais e mais se auto-afirmando, ou seja, em poucas palavras o livro é soberbo.
            Entre as diferentes coisas e aspectos abordados pelo autor, David Herbert Lawrence, um dos aspectos que achei particularmente interessante, e até certo ponto inusitado, é a análise social que é esboçada pela ótica da sensualidade, que é de uma simplicidade e peculiaridade perfeita, conseguindo encontrar o difícil equilíbrio entre o culto e o prosaico... Arrancando assim vários arrepios de sensualidade imaginativa dos leitores, desde os mais aos menos empolgados (se é que é possível ler tal obra menos empolgada).
            Sem mais delongas e comentários, acho que o livro e seus demais atributos falam por si da sua grandiosidade e profundidade necessária a cada aspecto abordado ao longo de suas páginas, que consequentemente irá culminar num retrato fiel da sociedade inglesa do início do século XX, com alguns perfis psicológicos e sociais masculinos e femininos bem interessantes.
            Tudo isso, sem mencionar as considerações feitas sobre a arte literária e as celebridades feitas pelo autor, que ainda são tão pertinentes que parece o David Herbert Lawrence chegou ao fim de um dia enfadonho, cheio de ver os programas chulos que nos são ofertados pela a “ágora dos tempos modernos, a televisão (segundo os homens mais influentes de nosso tempo)” e cansado de ler coisas tão grotescas que levam o nome de boa literatura e resolveu mostra como é que se faz uma boa literatura e dizer como é...
            Em sinopse, pra traduzir em uma palavra este grande clássico da literatura universal, o livro é soberbo, soberbo, soberbo!


quinta-feira, 24 de março de 2011

Coisas do Brasil...

Confesso que não sou adepta das correntes da net, aliás de nenhum tipo de corrente!Porém, esta me chamou muito a atenção e eu resolvi passar adiante, pois ache super chocante e ate certo ponto, incrível. Bem aí está...






  "REPASSANDO

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata- se de um Brasil que a gente não conhece.

As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.
Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista a Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.
 

Detalhe: Você não passa se for brasileiro, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem-se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar um empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçu, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties ' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada não? O pior é que segundo a ONU o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil numa parceria com o governo colombiano com o pseudo
objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.
Pergunto inocentemente às pessoas:  porque os americanos querem tanto proteger os índios ?  A resposta é absolutamente a mesma, porque as terras indígenas além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos), diamante, outras pedras preciosas, minério e nas reservas norte de Roraima e Amazonas, ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro a alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou a  alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.
É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho.
Será que podemos fazer alguma coisa???
Acho que sim.
Repasse esse e-mail para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos.
Mara Silvia Alexandre Costa
Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP

Opinião pessoal:
Gostaria que você que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Afinal foi num momento de fraqueza dos Estados Unidos que os europeus lançaram o Euro, assim poderá se aproveitar esta situação de fraqueza norte-americana (perdas na guerra do Iraque) para revelar isto ao mundo a fim de antecipar a próxima guerra.
Conto com sua participação, no envio deste e-mail.
Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP"

quarta-feira, 23 de março de 2011

PRA TERMINAR COM SANTOS!!!


Pra fechar com está minha pieguice dos meus encantos sobre a cidade de Santos, posso dizer, que talvez seja muito sedo pra dizer que esta foi a viajem, mas não tão sedo pra dizer que Santos é um lugar encantador, isso eu não posso negar, e muito menos as fotos que tirei e aqui coloquei me deixam dizer o contrário. 
Porém, entretanto, toda via....Esté o último comentário direto sobre.



domingo, 20 de março de 2011

OS SEBOS DE SANTOS




Dos lugares que já passei no Brasil, eu nunca encontrei um lugar pra ter mais variedade de sebo quanto em Santos. E o mais legal é que são sebos com cheiro de sebo, como muita coisa boa pra deixar o visitante sem saber o como vai fazer pra levar tanta coisa pra casa, com possibilidade de uma boa conversa e negociação por um precinho muito mais em conta que já se tem, e principalmente livros em bom estado de conservação e alguns até novos... E bom, como eu fico encantada como estas coisas tratei de visitar o tanto de sebo que pude comprar o tanto que a bagagem me permitiu trazer e ficar encantada com algumas relíquias que só num sebo eu poderia ver tipo – um exemplar de uma revista de um seriado norte-americano que era apaixonada na minha adolescência, “As novas aventuras do superman”, “Lucíola”, “O amante de Lady Chatterley”, “Noite na taverna”, “Contos” de Voltarie, Diderot... Coisa que uma boa parte devorei regado á muito vinho e Absinto nas madrugadas em que estive por lá.


quarta-feira, 9 de março de 2011

LUGARES DE SANTOS

Entre os belíssimos lugares que passei em Santos, um em especial chamou minha atenção por concentrar em si e em volta de si as mais belas e interessantes coisas que costuma encantar os mais sensíveis amantes da beleza e do bom gosto, - a Praça Visconde de Mauá.
            A praça é como se fosse o coração do centro histórico de Santos, pode-se tomá-la como ponto de partida pra percorre as diferentes ruas e monumentos do centro histórico, inclusive é dela que tem inicio um encantador passeio de bonde do século XIX de fabricação inglesa que foi doado à cidade pelos portugueses, além disso, a praça parece ser o lugar em ‘tudo’ se dar, tipo, neste poucos dias que passei por lá pude constatar diversas manifestações culturais e religiosas, desde mais típico Samba paulista á expressões da cultura e religiosidade afro, tudo isso, sem contar com o fato de que nos seu arredores você pode escolher se quer fazer um lanche e beber em estabelecimentos de chineses, coreanos, portugueses... Em fim é possível encontra um pouquinho de cada coisa pelas bandas da Praça Visconde de Mauá.
            Confira aí algumas das fotos e coisas que é possível de apreciar pelas bandas de lá.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Contos de Santos


Quando conheci o homem da minha vida, a cerca de nove anos atrás, a magnitude dos sentimentos que nos tomaram foi tão soberba que ficamos assustados e completamente atônitos com os arroubos de tais sentimentos.
Sentimentos inexplicáveis, soberbos e inefáveis pra dois mortais, e a saída mais óbvia, sensata e fácil que vimos diante dos nossos olhos pra escapar de toda aquela onda assustadora de sentimentalidades e paixão, que nos tomava no mais perfeito dos cenários, o sertão, foi fugir. Pois o sertão, o sertão, há o sertão – o sol cálido á fritar o chão, o pôr-do-sol vermelho de paixão, o céu sublimemente estrelado, a lua dos namorados... Em fim, o cenário perfeito pra qualquer amor e paixão. Fazia-nos mais enteso e desesperados com tamanho amor e paixão.
Então, resolvemos mudamente fugir, eu fui pra Suíça, ele pra Santos... Foram dias, semanas, meses dilacerantes, de saudades alucinantes... Até mais uma vez, mudamente resolvemos voltar ao cenário perfeito. E daí já viu NE!  Sertão - o sol cálido á fritar o chão, o pôr-do-sol vermelho de paixão, o céu sublimemente estrelado, a lua dos namorados... Amor, sexo, paixão, procriação...
Bom, mas agora isso não vem muito ao caso, o fato é que durante estes longos anos que estamos juntos, sucedes-se que esta cena de separarmos e fugirmos do cenário do sertão, sempre aconteceu, ele sempre pra Santos e eu pra qualquer outro lugar do mundo, em sua maioria Aracaju.
E, sempre nos encontrávamos no cenário mudamente acordado eu perguntava como era Santos – a cidades, seu prédios, as pessoas, suas ruas, suas estátuas... Em fim, tudo, e fatidicamente obtinha sempre a mesma resposta, e categoricamente ele dizia – há Santos é como um lugar qualquer, é comum, não vejo nada de interessante lá, não tem graça sem você...
Por mais que eu achasse a sua resposta sincera eu não consegui me convencer de que Santos fosse tão comum e sem graça como ele falava, e por mais que tenha ficado por algum tempo com uma visão negativa da cidade portuária mais antiga do país, certa vez disse que acha que ele estava mentindo e na verdade achava que ele escondia algo de mim e não queria que eu conhecesse a cidade e por isso passava aquela sensação de tortura sempre que tinha que viajar pra lá e quando lá estava, e mais uma vez, o meu estranho amor foi categórico em responder – olhe, talvez lá até que tenha um monte de coisa legal pra ver, pra curtir... Mas é que pra mim não tem graça, pois eu estou longe de você e tudo e que vejo é sua falta e tudo que sinto é saudades de você!
É claro que achei muito romântico da parte do meu amor lindo, mas além de acha aquilo tudo o máximo, e mesmo assim ainda continuar como a idéia negativa de Santos, juntamente como está negatividade nasceu um sentimento de desafio – o desafio de qualquer dia desses ir a Santos e descobrir as suas belezas me encantar com elas, encantar meu lindo amor, e fazê-lo sentir alegria e maravilha-se com um Santos como nunca vira antes.
E bom, finalmente esses dias chegaram, e no dia 28 de janeiro, depois de uma viajem super desgastante desembarquei em Santos, com toda a minha comitiva, e tentarei traduzida em imagens um pouquinho de tudo que até então já vi, gostei, me encantei e encantei com Santos.