quarta-feira, 2 de março de 2011

Contos de Santos


Quando conheci o homem da minha vida, a cerca de nove anos atrás, a magnitude dos sentimentos que nos tomaram foi tão soberba que ficamos assustados e completamente atônitos com os arroubos de tais sentimentos.
Sentimentos inexplicáveis, soberbos e inefáveis pra dois mortais, e a saída mais óbvia, sensata e fácil que vimos diante dos nossos olhos pra escapar de toda aquela onda assustadora de sentimentalidades e paixão, que nos tomava no mais perfeito dos cenários, o sertão, foi fugir. Pois o sertão, o sertão, há o sertão – o sol cálido á fritar o chão, o pôr-do-sol vermelho de paixão, o céu sublimemente estrelado, a lua dos namorados... Em fim, o cenário perfeito pra qualquer amor e paixão. Fazia-nos mais enteso e desesperados com tamanho amor e paixão.
Então, resolvemos mudamente fugir, eu fui pra Suíça, ele pra Santos... Foram dias, semanas, meses dilacerantes, de saudades alucinantes... Até mais uma vez, mudamente resolvemos voltar ao cenário perfeito. E daí já viu NE!  Sertão - o sol cálido á fritar o chão, o pôr-do-sol vermelho de paixão, o céu sublimemente estrelado, a lua dos namorados... Amor, sexo, paixão, procriação...
Bom, mas agora isso não vem muito ao caso, o fato é que durante estes longos anos que estamos juntos, sucedes-se que esta cena de separarmos e fugirmos do cenário do sertão, sempre aconteceu, ele sempre pra Santos e eu pra qualquer outro lugar do mundo, em sua maioria Aracaju.
E, sempre nos encontrávamos no cenário mudamente acordado eu perguntava como era Santos – a cidades, seu prédios, as pessoas, suas ruas, suas estátuas... Em fim, tudo, e fatidicamente obtinha sempre a mesma resposta, e categoricamente ele dizia – há Santos é como um lugar qualquer, é comum, não vejo nada de interessante lá, não tem graça sem você...
Por mais que eu achasse a sua resposta sincera eu não consegui me convencer de que Santos fosse tão comum e sem graça como ele falava, e por mais que tenha ficado por algum tempo com uma visão negativa da cidade portuária mais antiga do país, certa vez disse que acha que ele estava mentindo e na verdade achava que ele escondia algo de mim e não queria que eu conhecesse a cidade e por isso passava aquela sensação de tortura sempre que tinha que viajar pra lá e quando lá estava, e mais uma vez, o meu estranho amor foi categórico em responder – olhe, talvez lá até que tenha um monte de coisa legal pra ver, pra curtir... Mas é que pra mim não tem graça, pois eu estou longe de você e tudo e que vejo é sua falta e tudo que sinto é saudades de você!
É claro que achei muito romântico da parte do meu amor lindo, mas além de acha aquilo tudo o máximo, e mesmo assim ainda continuar como a idéia negativa de Santos, juntamente como está negatividade nasceu um sentimento de desafio – o desafio de qualquer dia desses ir a Santos e descobrir as suas belezas me encantar com elas, encantar meu lindo amor, e fazê-lo sentir alegria e maravilha-se com um Santos como nunca vira antes.
E bom, finalmente esses dias chegaram, e no dia 28 de janeiro, depois de uma viajem super desgastante desembarquei em Santos, com toda a minha comitiva, e tentarei traduzida em imagens um pouquinho de tudo que até então já vi, gostei, me encantei e encantei com Santos.

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