sábado, 12 de janeiro de 2019

QUEM É VOCÊ, ALASCA?



O livro apresenta o âmbito de relações entre adolescentes do ensino médio de um colégio interno do Alabama dos E.U.A., especificamente de um grupo de adolescente composto por três meninos e uma menina que passa por uma crise existencial, de busca de respostas para o sofrimento, e de como a morte pode determinar ou influenciar no sentido da vida, passando por comportamento autodestrutivo e suicida.
Em meio às confusões e peripécias adolescentes, a obra mesmo que de maneira superficial passa a mensagem um tanto quanto óbvia, mas em determinadas circunstancias necessária ser lembrada que – “tudo que se forma se desfaz”, que tudo passa tudo se esvai – traumas, dores, crises, sofrimentos... Tudo se desfaz tudo passa, e apesar de ser um tanto óbvio, se faz necessário dizer isso para alguns e lembrarmos constantemente para outros.
No entanto, o que mais e agradou no livro, foi principalmente a empatia ou sublimação causa em mim em certo ponto da história, por de certo modo ter sido contemporânea de uma história parecida com um garoto da minha escola, que praticamente ninguém conhecia seus dramas, seus traumas... E ele também cometeu suicídio, só que intencional, e tragicamente ele também se tornou um enigma para o colégio e particularmente para mim.
Porém, o que mais gostei no livro foi o modo como à escola tratou a questão – mostrando uma forma humanizada de lindar com questões tão delicadas como morte, suicídio... Nem santificando, nem demonizando, nem julgando a pessoa que comete ou passa por tal fato, mas também não tratando de forma banal, com se o aluno fosse apenas mais um, como se um fato como esse fosse natural, normal ou corriqueiro e como se as pessoas, os alunos que diretos ou indiretamente contemporâneos a tanto não necessitassem de mecanismos, meios, ou possibilidades saudáveis para superar o luto, lidar com o trauma.
O fato é que eu acho que eu gostaria muito que a minha escola tivesse tratado o caso de suicídio intencional que ocorreu com o aluno como a escola de Alasca tratou da morte da mesma, como deu aparato para os alunos lidarem com a situação. Francamente, acho que era ‘exatamente’ deste modo que a minha escola deveria ter tratado a situação, era assim que eu gostaria que tivesse sido tratado.
Então, foi exatamente isso que me agradou no livro, e enquanto lia imaginava a minha escola com aquela mesma postura diante do suicídio do seu aluno. E foi isso que me fez gostar do livro, que me agradou no livro!

#quemévocê,Alasca?
#JohnGreen





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