sábado, 9 de novembro de 2013

Talvez suicídio



Talvez já esteja de saco cheio de tanto dizer coisas sem saber pra quem e nem pra que, talvez não exista ninguém, ou nem uma razão pra tanto sofres, pra tanto querer.
Talvez não haja mesmo ninguém relevante, nem mim, nem você... Talvez tudo que haja seja o superficial, o material, o aparente que qualquer um pode ver, perceber, e quem tiver poder aquisitivo pode ter, ter o melhor, o pior, tudo que quiser ou desejar ter...
Mas entre as tantas coisas vulgares e banais, vi uma que lembrou você, que me deu uma imensa vontade de comentar com você! Mesmo sabendo que você não iria nem ligar, que não iria nem fingir interessado está... Pois eu pra você sempre foi como um nada, só mais uma coisa irrelevante, insignificante que você sabe que existo... Mas e daí, existe tantos outros pro aí!
         Acho que algo meio que como o suicídio, ou talvez quem sabe, o último pensamento  tolo de um suicida – será que farei falta? Quem sentirá a minha falta? Que falta irei fazer?... Ou seja, coisa irrelevante! Quando o seu ato será só mais um ato sob a terra que temos que viver, sob o sol que temos que aprender, sob a noite que usamos pra nos esconder... Quando na verdade o suicido em si é algo insignificante – o espanto passa, o torpor passa as lágrimas passam e você será tão esquecido quanto se acostumou a viver.
         Nos últimos dias li e ouvir a canção suicida do compositor húngaro Rezso Seress “Gloomy Sunday” ou “domingo sombrio” na voz de Billie Holliday e felizmente fui sensata, e em momento algum pensei nas tolices comuns dos suicidas do tipo – que falta faço eu?!... Pois sei com veracidade, nada de falta faço, sei que o mundo seria tal e qual, pensei talvez – que coisas falto eu conhecer, saber, fazer... Embora, não encontrando uma resposta exata deixei-me um pouco mis a sobreviver.

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