sexta-feira, 14 de março de 2014

NINFOMANÍACA – VOLUME II



Céus! A profusão de detalhes, de referencias, de alusões... são tantas que nem sei por onde começar a falar das estupendas impressões que o segundo volume de “Ninfomaníaca” me causou – os choques visuais, as palavras bem colocadas, as analogias sardônicas e perfeitas, a quebra de padrões ou fria e direta colocação de fatos e clichês de outro modo por assim dizer, como certa quebra de preconceito e legitimação dos mesmos, como algo completamente nietzschiano por excelência, ou coisa do tipo – sei lá!
Bom, em meio a tantas coisas que me chamaram a atenção no filme de Lars Von Trier, creio que a mais notória foi o que me pareceu à presença da filosofia nietzschiana no roteiro, que de modo geral apresenta a história de uma mulher com uma postura completamente distinta da moral vigente, e que assume perante a sociedade seus atos, seus traumas, suas tragédias... Sem procurar um culpado ou responsável pelos fatos além dela mesma, e assume tanto o prazer quanto a dor como faces da mesma moeda.
Após contar a sua história a um distinto senhor, que a escuta atentamente sem julgamentos e lhe apresenta uma análise imparcial dos fatos... A protagonista parece chegar à consciência de que todos os preconceitos e traumas do qual sofrera não passava de frutos de uma moral machista, preconceituosa e punitiva principalmente pras mulheres.
Ao mesmo tempo em que também é possível observar no filme aspectos que aduzem e parecem legitimar a presença do principio do eterno retorno do mesmo presente na obra do louco filósofo alemão Friedrich Nietzsche.
Obviamente, como toda a obra de Lars Von Trier e com essa não poderia ser diferente, os críticos de todos os tipos (cinema, arte... Sei lá!) que se acha no direito de a todo custo detrata uns e agraciar outros taxam o filme como uma obra deplorável pra o cinema conceito – como dizem.
Porém, eu como não sou crítica de porra nenhuma e nem nada – achei o filme soberbo, excelente, um dos melhores filmes de 2014 e muito difícil de ser superado até o final do ano por outro melhor. E de mais á mais, acho que Lars Von Trier deixou completamente esclarecido e de modo bem grande o que ele pensa a respeito das críticas preconceituosas a respeito dele e de sua obra.
E assim, só ratificando minha reles opinião – “Ninfomaníaca”, volume II é tão perfeito, tão soberbo quanto o primeiro.

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