Dentre
as poucas leituras que tenho feito nos últimos dias, uma que me chamou a
atenção e me levou a refletir sobre certas coisas foi o “Tratado da Natureza
humana” de David Hume’, especificamente a parte 2, livro 3, em que ele diz - “Os homens não são capazes de curar
radicalmente, em si mesmos ou nos outros (...)Tudo que podemos fazer é mudar a situação...”
E
exatamente estas sentenças quebradas e ate descontextualizadas me fizeram
pensar – até onde as pessoas são o que são ou só refletem a situação em que
estão inseridas? E é fato que mesmo algumas pessoas nem são, e tudo que existe
nelas e que elas são é a situação em que se encontra.
Aí comecei
a pensar em várias pessoas que conheci e constatar que factualmente – poucas pessoas
são; a maioria simplesmente reflete a situação em que estão inseridas; e outra
grande maioria nem se quer sabem o que são, onde estão e muito menos a situação
em que estão inseridas ou que foram inseridas.
Então
lembrando alguns exemplos bem particulares, lembrei que – tive um amigo na
graduação que tínhamos pretensões semelhantes, do tipo ser filósofos, mesmo que
á contramão. Hoje ele é músico, e aí não mais amizade com pretensa filósofa á contramão,
ou seja, mudou a situação;
- Tive
outro que podemos dizer que éramos a filosofia em ebulição. Hoje ele é
mestrando, e aí não mais amizade com pretensa filósofa só com a graduação, ou
seja, mudou a situação;
E só
pra finalizar os exemplos, tive várias amigas e algumas delas riam de mim
quando me encontravam em dias de florzinha. Hoje essas amigas encontraram
companheiros ou companheiras e viraram desprezíveis dondoquinhas completamente sub julgadas por estes(as), ou
seja, mudou a situação.
Bom,
na verdade até que entendo todas essas situações; ate que concordo com o ilustre
David Hume quando ele diz que “Os homens não são capazes de curar radicalmente,
em si mesmos ou nos outros (...). Tudo que podemos fazer é mudar a situação...”
Mas infelizmente isso não satisfaz a indagação - até onde as pessoas são o que
são ou só refletem a situação em que estão inseridas?
Bom,
aí então eu continuo cá com tais indagações e com David Hume que pra melhorar
ou confundir mais ainda essa questão, sabiamente ainda diz que – “nada aviva
mais uma idéia que uma impressão presente e uma relação entre essa impressão e
a idéia”.
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