quarta-feira, 2 de maio de 2012

NOITE NA TAVERNA





Ano passado quando estive em Santos, em minhas muitas 
idas aos sebos, encontrei entre as muitas relíquias que trouxe de lá um livro de Álvares de Azevedo - "Noite na Taverna" e "Lira dos vinte anos" , obras que á muito morria de vontade de ler.
Porém, não sei por que diabos preferi na ocasião ler os 
poemas da "Lira dos vinte anos"(regados de muito absinto, diga-se de passagem) e não "Noite na taverna", livro que quisera ler desde o Ensino Médio.
Pois bem, o fato é que nos últimos dias dei-me o prazer de ler o maldito livro, e pelos céus! Que livro!!! Até o momento estou basbaque como um opúsculo, coisa de vinte páginas, que poderia ser lido em menos de uma hora - se não fosse a tremenda sede de vinho que o livro desperta, a necessidade incontida de contemplar o luar e de sentir a briza fresca na cara que ele desperta - pudesse causar tanto impacto, céus!O livro é soberbo, a leitura dele lembra uma intensa sensação orgástica - fugaz, intenso, extremado... E mesmo depois de acabado, continua-se sentindo os efeitos inefáveis do ato, céus!Céus! Céus!!! Simplesmente o livro é soberbo!
Obviamente que "Noite na taverna" não é um livro de
encantos puritanos, ou de agrado geral, muito pelo contrário, versa sobre coisa bem insólitas e incomum, por assim dizer, trata-se de breves contos de mancebos ultra-românticos, sádicos e embriagados que contam em torno de uma mesa em uma taverna as peripécias mais incríveis de crimes, morte, violência, perversão sexual e paixão. tudo isso numa atmosfera ébria e delirante, com personagens pessimistas, descrentes de valores sociais, morais,religiosos, recheados de amor sensual e intenso gozo físico que são as válvulas propulsora e de escape dos personagens que culminam sempre em morte ou loucura, ou ambos.
Em sinopse, o livro é fantástico, prende o leitor do inicio ao fim, estória após estória, e ao fim e ao cabo de cada conte deixa o leitor com uma intensa sede de vinho.


        Há e agora pensando friamente sobre o livro, acho que sei o por quê não li o livro na ocasião em que comprei, pois, se juntassem todas as idéias e estórias o livro ao meu estado de espírito da época, ao absinto, aos muitos vinhos que me fizeram companhia e o local em que me encontrava... Céus!!! Confesso que era bem provável de hoje ter também estórias semelhantes como estas á 
contar.



Nenhum comentário:

Postar um comentário