É curioso como temos que ser vigilante em ser senhor de nós mesmos! Como temos de ser cautelosos, não em nos entregarmos de corpo e alma a certas coisas, a certas pessoas... Mas em não nos deixarmos confundir com escravos, não nos deixar confundir generosidade, benevolência, amor ao próximo com irrelevância, servidão e falta de amor próprio.
Cautela
e cuidado também em estabelecer relações de igualdade, equidade, possibilidades
iguais de escolhas... Pois a maioria das pessoas, se não quase todas elas não
conseguem desenvolver relações deste tipo. Estão acostumadas a serem
subordinadas ou subordina os outros. Logo quando se veem em uma relação de
equidade elas confundem como uma
oportunidade de subordinar o outro, e não conseguem sair dos polos –
subordinação/insubordinação.
E
entre escolher ser subordinado e subordinar, escolha sempre subordinar – ser
senhor de si e de qualquer um que tente lhe colocar na posição de subordinação.
Bem como diria Maquiavel – “é bom ser amado, mas se tiver que escolher entre
ser amado e ser temido, escolha ser temido, afinal os homens respeitam mais a
quem eles temem do que a quem eles amam”, ou seja, não se costuma respeitar
devidamente quem se ama porque não se sabe estabelecer relações de equidade,
benevolência e possibilidades iguais de escolhas, e sempre se achar que quem
está disposto a dar o melhor de si ao outro sem querer nada de outra espécie em
troca é bobo e merece ser desrespeitado, subordinado e escravizado.
Assim
sendo, não podendo ter uma relação pautada na igualdade, na equidade, subordine
tudo e qualquer um que queira lhe fazer de escravo!
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