segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Kurt Cobain


É realmente estranho o modo como algumas coisas nos afeta, nos toca e nos diz coisas inauditas!
Passei parte da noite de ontem ouvindo as músicas do Nirvana, lendo suas letras e embebida com os solos de guitarra dissonantes, os gritos viscerais do Kurt Cobain, com o seu deslocamento diante do mundo, sua angústia de talvez nunca ter sido compreendido e realmente aceito...
E tudo isso pareceu ser tão meu, tão eu, traduzido em música, um eu completamente espicaçado de tanto querer fazer coisas para seres tão ridículos e desprezíveis, apenas pra ter o escasso prazer de fazer o que mais lhe agrada, lhe completa e dá prazer.
Espantosamente, depois de mais de vinte anos depois da sua morte, ou de não ter aguentado mais esse mundo ridículo e insano coisas sobre ele ainda tem o poder de nos levar a pensar em questões clichês, questões nada haver, ou talvez questões tudo haver!
Meio que sem querer comecei a ver um documentário sobre a famigerada morte de Kurt Cobain – “Kurt e Courtney”, que de modo impensado diria que é um documentário bem atípico, não só pelo foco principal ser a difusão de uma teoria da conspiração em relação à morte do líder do Nirvana e o total envolvimento da sua viúva, mas também pelo que me pareceu ter um envolvimento incomum do diretor, roteirista, reporte ou sei lá o quê que estava à frente das gravações do documentário, que só é entendido a medida que vai assistindo o mesmo.
É obvio que um documentário que aborda uma teoria da conspiração sobre a morte de uma das pessoas mais influentes da década de noventa entre os jovens e tem uma viúva com mentora de todo o estratagema só poderia ser algo meio quer marginal, ilegal e no mínimo polêmico, o que é claro salga o mérito das questões levantadas a respeito da morte do rei do grunge.
O polêmico documentário parece-me está estruturado em no mínimo três partes distintas, e todas elas permeadas com parêntese e ênfase das dificuldades que tiveram os envolvidos no projeto em gravar o documentário e lançar no mercado.
A primeira parte do documentário é apresentada alguns fatos e uma visão geral da vida pessoal de Kurt Cobain antes da fama e um pouco depois dela – história e fatos contados por sua tia, ex-professor, ex-namorada, ex-parceiros de drogas, ex-amigos...
Na segunda parte tratam da vida da Courteney (a viúva) de suas relações como os pais, com alguns antigos relacionamentos, suas ambições e sua conturbada relação com Kurt.
No que achei ser a terceira e última parte do documentário trata de fato da teoria da conspiração em relação a marte do líder do Nirvana, que não teria sido de fato um suicídio, mas um assassinato planejado pela sua própria esposa Courteney Love.
Entre os argumentos plausíveis que o documentário apresenta para sustentar a teoria da conspiração, um fator que fortalece mais ainda a teoria é o fato da própria viúva ter desprendido um esforço enorme para boicotar a gravação do documentário, enfatizando mais a suposição de que a morte de Kurt Cobain não teria sido um mero suicídio, mas que tenha sido se não um assassinato de fato, foi no mínimo uma indução a uma morte que seria no mínimo muito vantajosa para a viúva.

Especulações à parte, o fato é depois que se assiste a tal documentário fica difícil encarar a morte de Kurt Cobain como um mero e simples suicídio e não algo bem mais complicado do que se possa imaginar.


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