Existem coisas que idiotas como eu não deveriam em hipótese
alguma atrever-se a falar. Por exemplo, sobre coisas tão soberbas que nos tomam
de tal modo que nos roubam as palavras, nos botam basbaques e sei lá... Céus!!!
Geralmente está situação de torpor me assoma em algumas não
tão frequentes ocasiões quando assisto a um bom filme, na verdade a um soberbo
filme como “Tatuagem”!
“Tatuagem” é um excelente filme pernambucano de 2013 (e,
diga-se de passagem, amo de paixão filmes pernambucanos) que de tão
soberbamente perfeito fica difícil de ressaltar uma divina saliência se não a
arrebatadora, soberba e sublime atuação do ator Jurandir Santos que entre toda
a ’perfeição’ cinematográfica que é “Tatuagem”, com um excelente roteiro, com
diálogos interessantes, hiper harmonizados que vai de falas super inteligentes
de cunho filosoficamente-marxista ao populacho ‘porra’ tão clássico do cinema
brasileiro; passando a uma direção impecável; atores e demais aspectos
cinematográficos caprichados no mais esmerado asseio; este exímio ator que deve
atender pelo nome de Jurandir consegue centrar em si toda a alma do filme, a
perfeição e a sublime beleza dos atos sociais visto como moralmente,
hipocritamente vil... Captar e transmitir com poética beleza.
Creio que entre os diversos aspectos louváveis do filme
pernambucano que encanta e seduz com tamanha autenticidade e beleza, nada mais
me chamou a atenção do que o senhor Jurandir dos Santos que com toda a
ostentação do que de fato é um ator, consegue traduzir garbosamente todo o seu
talento na construção de uma personagem gay que transita com total leveza ente
chulo e o culto, entre o vulgar e o refinado, entre a autoridade e a candura...
Em fim, construindo uma personagem completamente única, a ponto de colocar-se
entre as raríssimas criaturas que ansiaria selar-lhes os lábios e sofregamente
respirar o mesmo ar que lhe encanta a vida, a arte e o cinema com tanto
talento, encanto e beleza.
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