sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

TATUAGEM






Existem coisas que idiotas como eu não deveriam em hipótese alguma atrever-se a falar. Por exemplo, sobre coisas tão soberbas que nos tomam de tal modo que nos roubam as palavras, nos botam basbaques e sei lá... Céus!!!
Geralmente está situação de torpor me assoma em algumas não tão frequentes ocasiões quando assisto a um bom filme, na verdade a um soberbo filme como “Tatuagem”!
“Tatuagem” é um excelente filme pernambucano de 2013 (e, diga-se de passagem, amo de paixão filmes pernambucanos) que de tão soberbamente perfeito fica difícil de ressaltar uma divina saliência se não a arrebatadora, soberba e sublime atuação do ator Jurandir Santos que entre toda a ’perfeição’ cinematográfica que é “Tatuagem”, com um excelente roteiro, com diálogos interessantes, hiper harmonizados que vai de falas super inteligentes de cunho filosoficamente-marxista ao populacho ‘porra’ tão clássico do cinema brasileiro; passando a uma direção impecável; atores e demais aspectos cinematográficos caprichados no mais esmerado asseio; este exímio ator que deve atender pelo nome de Jurandir consegue centrar em si toda a alma do filme, a perfeição e a sublime beleza dos atos sociais visto como moralmente, hipocritamente vil... Captar e transmitir com poética beleza.
Creio que entre os diversos aspectos louváveis do filme pernambucano que encanta e seduz com tamanha autenticidade e beleza, nada mais me chamou a atenção do que o senhor Jurandir dos Santos que com toda a ostentação do que de fato é um ator, consegue traduzir garbosamente todo o seu talento na construção de uma personagem gay que transita com total leveza ente chulo e o culto, entre o vulgar e o refinado, entre a autoridade e a candura... Em fim, construindo uma personagem completamente única, a ponto de colocar-se entre as raríssimas criaturas que ansiaria selar-lhes os lábios e sofregamente respirar o mesmo ar que lhe encanta a vida, a arte e o cinema com tanto talento, encanto e beleza.

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